sábado, 28 de março de 2009
Infinito
Dedicado a um dos " amores perdidos" na época do Instituto. Também é uma forma de recordar Mais uma vez agradeço ao Dr Manuel Vieira o que me ensinou.
Obrigado Professor !!
Infinito
Olhei com lágrimas nos olhos
O céu azul.
Era límpido e transparente ...
Tão transparente
Que os meus sonhos
Estampados no silêncio
Vogavam ocultos numa bola de sabão !
A bolinha subia
Reflectindo as cores do arco iris
Rebolando ao vento.
Subia alto.
E queria sempre subir,
Subir mais alto, sempre mais alto !
E tão alto subiu
A minha bolinha de sabão,
Tanto peso carregou
Que a bola se desfez
E caiu
Sepultando para sempre
Os meus frágeis sonhos
Que estavam encerrados
Numa bolinha de sabão.
Feitos de espuma do mar
Vogando no céu azul
Tão transparente,
Que tudo em mim
Eram aladas ânsias.
É longa a estrada
Pela qual caminho
Não tem mais fim !
Os meus passos fazem eco
Como furtivos passos de gigante
Num castelo deserto.
Mas eu caminho sempre,
Procurando sempre
Aquilo que não encontro:
Os meus sonhos sepultados
Por louca leviandade
Numa bola de sabão !!
Natércia Nunes
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2 comentários:
Bonito Poema.
Só hoje o li.
Retrata bem a bolinha de sabão que esteve e por vezes ainda está em cada um de Nós.
Obrigado por teres gostado.
As bolinhas de sabão sempre estiveram dentro de nós quem as nao vê é porque não quer ver. Mal de quem nunca sonhou.
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