terça-feira, 31 de agosto de 2010

Recordar

É assim, amigos, procurando bem sempre vamos encontrando mais uma recordação do nosso IVS. A fotografia já não está nas condições ideais, já lá vão muitos anos, mas dá para reconhecer estes meninos. Da esquerda para a direita: Norberto Crisóstomo, António Antunes, Francisco Alcobia, ???, e António Garcez. Por razões de saude, um especial abraço para o Norberto e vão aparecendo por aqui que serão muito bem vindos.
Abração para todos

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O nosso Joaquim Cabrita Neto

Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010
Regional

Presidente da República Cavaco Silva galardoou algarvios no Dia de Portugal (com fotos)

Joaquim Cabrita Neto (ex-aluno IVS) Comendador da Ordem de Mérito
Quatro algarvios e uma instituição da região foram galardoados pelo Presidente da República Cavaco Silva com diferentes ordens na Sessão Solene do Dia de Portugal, que decorreu no Teatro das Figuras, em Faro.
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Joaquim Cabrita Neto, Adriano Pimpão, Celestino Monteiro, João Pires e a Fundação Irene Rolo foram distinguidos pelas suas ações em prol da nação.

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O ex-Governador Civil de Faro Cabrita Neto, que desempenhou igualmente funções como deputado e foi um ativo líder da Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve é, desde a passada semana, Comendador da Ordem de Mérito, uma distinção que se destina a galardoar atos meritórios ou que revelem «desinteresse e abnegação em favor da coletividade».

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Por ter dedicado boa parte da sua vida a salvar a dos outros, o nadador-salvador Celestino Monteiro foi distinguido como Oficial da Ordem do Mérito.

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Este veterano salvou uma das vítimas da queda de parte de uma falésia na Praia Maria Luísa, em Albufeira, evitando que a tragédia fosse maior.

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Já a Fundação Irene Rolo é, desde a passada semana, membro-honorário desta ordem.

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Pelos serviços prestados a Portugal, dentro e fora de portas, Adriano Pimpão, ex-reitor da Universidade do Algarve e atual presidente do Banco Alimentar Contra a Fome do Algarve, é agora Grande-Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique.

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João Pires, empresário da construção civil, foi o outro algarvio que recebeu uma distinção no passado dia 10 de Junho, a de Comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial – Classe do Mérito Industrial.

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Nota de rodapé: Extraordinário como as feições de Cabrito Neto continuam com os mesmos contornos. Reconhecê-lo-ia em qualquer lado. Daqui vai o meu abraço ao Cabrita Neto.

Café Académico

Ontem, 22 de Agosto de 2010, passei por Cernache e fui matar saudades dos locais da minha infância e parte da juventude. O Café Académico está encerrado há já alguns anos mas a curiosidade foi demais e fui espreitar através dos vidros da porta. O interior está exactamente igual ao que era há 50 e tal anos atrás. O aparelho de televisão, as mesas, as cadeiras são as mesmas, aquela figura de um estudante de capa e batina ainda está no mesmo local, enfim, tudo está como naquele tempo, até me pareceu "ver" o pessoal de farda amarela andando de um lado para o outro. Acreditem que senti alguma emoção.

Mudanças no blogue

Terão todos reparado que houve mudanças no blogue, nomeadamente quanto ao visual, mas não só. A autora é a Débora, neta do Saúl, que acaba de nos demonstrar a sua habilidade gráfica. A Débora chamou-me construtivamente a atenção para a inércia do blogue e fez-me uma proposta concreta já com os esboços anexos. E eu lancei-lhe o repto, que ela aceitou e fez boa a sua proposta.
Parabéns, Débora! Já ninguém pode duvidar que és uma das nossas, tal como o é o teu vovô Saúl a quem, por teu intermédio, também lancei um deasfio para que participasse no blogue e aí está ele em força.
Parabéns, Saúl!
Aos dois o meu reconhecimento e o meu abraço,
Sérgio

Recordações

Não sendo um ex-aluno do IVS, mas sendo um Cernachense de coração e depois do convite da minha neta Débora para colaborar no blog deste memorável Instituto e sendo possuidor de muitas recordações em fotos, heis me presente com duas fotos que certamente alegrarão e com muita saudade do impulsionador desta obra (IVS), o Sr. Comendador Libânio da Mata Vaz Serra e dos seus filhos saudosos Fernando Vaz Serra e Manuel Vaz Serra. Na nossa subida de divisão, os jogadores foram convidados a visitar o Sr. Libânio, onde o interlocutor foi o jogador e aluno do IVS, o Parente (como na foto acima).

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O prometido é devido.
Inicío a minha participação no nosso "blog", com duas fotos, tiradas no mesmo dia, dos saudosos anos 60.
Na primeira foto temos a equipa campeã do torneio "inter-turmas" do nosso IVS, no ano lectivo 1961-1962.
Da esquerda para a direita, temos em primeiro plano: Bruno, Vicente, Torres, Simões e Fernando Lopes.
Em segundo plano, pela mesma ordem: Araújo, Paulo Farinha, Flor Marques (capitão), Cavaleiro, Martins, Bastos dos Santos, Helder Serrano, Porfírio Paiva e Wolfang "Alemão" (massagista).
Neste torneio, a equipa conquistou quatro vitórias, tendo somente conhecido uma derrota (2-1) com a equipa do 5º. ano, na primeira fase.
Obteve 10 golos, marcados por Vicente (6), Bruno (3) e Simões (1) e sofreu 5 golos.
Desta equipa foram totalistas, além de mim: Cavaleiro, Flor Marques, Bruno, Vicente, Fernando Lopes, Simões.
A segunda foto, assinala o momento do pontapé de saída do jogo da festa de entrega do troféu e das respectivas faixas de campeão.
Como se pode constatar, o pontapé de saída nessa partida, arbitrada pelo amigo de todos nós, o inolvidável José Oliveira, foi dado pela querida e inesquecível colega Alzira Moreira (Ziza), estando o Vicente, o Torres e o Simões prontos para iniciar a festa de consagração.
Recordo com saudade os que já partiram e gostaria de poder estar com os que já não revejo há, pelo menos, quarenta e tal anos.
Sugiro que um dia destes um reencontro no nosso IVS, até porque o actual Director, o Dr. Carlos Miranda, que em imaginação e liderança tem um pouco do nosso saudoso Dr. Gil Marçal, decerto se sentiria honrado em nos receber.
Pensem nisso e até à próxima.
Um abraço para todos do
Paulo Farinha

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Almoço no Luso 1954

Do nosso amigo Prof. Ferreira de Lerena recebi o seguinte mail. Obrigado prof., claro que tem muito interesse e fica registado para a posteridade no blogue. Grande abraço.
Da esq.: Prefeito Porfírio Paiva, Dr. Gil Marçal, Prof. Ferreira de Lerena
De cócoras: ? e Parente Esteves
From: António
Date: 08/16/10 21:28:23
Subject: IVS.
Caros Amidos António Garcez e Sérgio Lopes.
Hoje, ao procurar umas fotos de estimação, depsrou-se-me mais uma do nosso IVS, de 1954, por ocasião do já falado passei a Figueira da Foz. Já estávamos com uns "copiitos" a mais, pois no autocarro até à Figueira, depois do almoço em Coimbra, o Dr. Gil encarregou o Parente Esteves de oferecer brandy aos homens. Chegada a minha vez, como me recusava a beber todo o conteúdo do cálice, grita o Gil Marçal do seu lugar:– "Ó Parente, o sr Ferreira que beba tudo e mete-lhe pela goela abaixo outro copo". E assim cheguei à Figueira bastante zonzo. Mas vejam a figura do Dr. Queiroz, sentado à direita. Parece pior do que eu.
Da esquerda para a direita podem ver-se:-
– juntoi ao muro:- prefeito Paiva, Dr. Gil Marçal, eu, Profesor Queiroz
– de cócoras - Professor Campos e aluno Parente Esteves.
Não sei se vos recorda os bons velhos tempos (em que eu era novo...) e se tem algum mérito.
Um abraço.
Lerena.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tromba d’ Eiró

Entrei, de mão dada com a minha tia Laura. Sentei-me lá ao fundo numa cadeira velha. Os pés pendurados porque não chegavam ao chão. As cadeiras eram todas velhas, assim como a barbearia e o seu dono: O tromba d’Eiró.

Nós íamos cortar o cabelo num dos barbeiros da terra. Cabeleireiras, só alguns anos mais tarde. Muito mais tarde...

O tromba d’Eiró, além de velho, era também manco.

A tesoura estalava por cima do pente na cabeça dos clientes.

Dava tesouradas no ar, onde não havia cabelo. Nunca entendi porque razão fazia aquilo. Seria moda ?

A alcunha não sei quem o inventou. Toda a gente o chamava Tromba d’Eiró. Cabeça pequena, no alto do pescoço semelhante a um galo de “ pescoço pelado”, cabelos brancos e muito magro.

Já naqueles tempos, quando eu era pequena, seria nos tempos de agora, uma barbearia unisexo, uma vez que cortava cabelos a homens e mulheres.

A minha tia também se sentou e enquanto lia uma revista, a “ matar” o tempo, o barbeiro ia puxando conversa:

-- Tem chovido muito ! O tempo está mau !

A minha tia ia acenando com a cabeça sem vontade de responder. Eu não tinha voto na matéria. Encolhida na cadeira esperava pacientemente a minha vez.

A barbearia tinha um calendário sujo e com um gatinho deitado num tapete azul. Sim. A barbearia não tinha calendários com mulheres nuas. Era de respeito !

E o Tromba d’Eiró ia tesourando ora no cabelo do cliente, ora no ar.

Eu olhava, admirada com a “ mestria” do artista.

A barbearia ficava situada na rua principal, perto do mercado. Na rua, os passantes, iam olhando e um ou outro, juntamente com um comprimento, também paravam e faziam um comentário. Mas o barbeiro, entretido no corte do cabelo, não dava muita importância.

É que, enquanto nós, cachopos pequenos, não contávamos para o tempo de espera, nem para o lugar que ocupávamos, a menina Laurinha, não ! Essa era fina e havia que lhe prestar mais atenção. Já não seria muito jovem, mas era uma senhora algo bonita e com formas físicas ainda bem proporcionadas. E era a minha tia!

O barbeiro, embora velho e manco, tinha gosto apurado , em relação às suas clientes. O homem tinha bom gosto e a mulher sabia-o. Não saía da barbearia. Mas ele, esperto, mandava-a aos recados. Mandava-a à farmácia ou a qualquer sítio longe.

Enquanto ela ia e vinha com o recado cumprido, ele ia enchendo os olhos com quem lhe aparecia pela loja.

A menina Laurinha era dessas clientes que, quando precisava de cortar o cabelo, dava pretexto para a mulher do Tromba d’Eiró ter de fazer um recado bem longe.

O espelho com as bordas carcomidas pelo tempo, servia, também para reflectir a imagem dos clientes sentados junto à parede.

O balcão onde pousava a navalha, o púcaro da água, o pincel e o sabão “ pinta azul” eramos únicos utensílios usados pelo barbeiro. A tesoura continuava a dar tesouradas ora no cabelo, ora no ar. O pente também girava de um lado para o outro, ligeirinho por entre os dedos do mestre e o cabelo do freguês.

E o Tromba d’Eiró, olhando de soslaio a Laurinha, sentada na cadeira, sem lhe dar grande importância, coisa que o arreliava grandemente.

A barbearia era pequena. O espelho dava a panorâmica de um canto ao outro. O freguês finalmente acabou de ser atendido e uma nuvem de pó de talco inundou-lhe o pescoço. É que o barbeiro entusiasmado apertou com mais força a pequena bomba cheia de pó cheiroso, pensando que poucos minutos depois estaria com a menina Laurinha sob a sua tesoura.

Este pagou e foi embora. Entrei eu. Claro! Uma data de tesouradas e o cabelo lá ficou com umas pontas cortadas e outras mais ou menos. Agora vai-te embora !

Mas a menina Laurinha ! Essa, sim, era já a seguir ! Mas aí tinha que ter mais cuidado.

Colocou a toalha em volta do pescoço, devagarinho, acompanhada de uma data de salamaleques. Afinal não era todos os dias que tinha uma freguesa daquelas.

Penteou, penteou, cortou, penteou, cortou ....

Mais um jeitinho daqui, mais uma tesourada dali e o Tromba d’Eiró foi-se entusiasmando e cortando, cortando. Estava nas nuvens com a cabeça da Laurinha nas suas mãos.

Finalizado o serviço e olhando o espelho, ela soltou um grito de susto.

É que no meio do entusiasmo quase ficou sem cabelo.

Abriu muito os olhos e perguntou aflita:

-- Cortou tão curto ? E agora ?

Ao que o Tromba d’Eiró respondeu sem perder a calma:

-- Agora ? Não se preocupe. É bem de raíz, com o tempo volta a crescer !!

Natércia Martins

2010

História mais ou menos verdadeira passada em Cernache lá pelos anos 40. A barbearia do Tromba d'Eiró ficava muito perto da loja dos Pivetas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

José Saul

Quem se recorda destas três glórias do futebol em Cernache?
Esta fotografia foi feita durante uma justíssima homenagem que decorreu em Cernache do Bonjardim.

sábado, 7 de agosto de 2010

A Costureira

Do Prof. Ferreira de Lerena, recebi este desenho que não resisto a partilhar com todos os amigos que visitam o nosso blog. Trata-se de um desenho todo ele executado no programa PAINT.
Parabéns Professor pelo seu trabalho e pela paciência também.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ESPECIALISTA - HISTÓRIAS DE LISBOA

Por obra e graça

por António Mendes Nunes, Publicado em 04 de Agosto de 2010

QUANTO CUSTOU a Basílica da Estrela? A questão arrastou-se durante quase dois séculos. Construída entre 1779 e 1789, por um voto de D. Maria I, foi muito criticada, porque nessa altura já os soberanos da Europa das Luzes não construíam templos sumptuosos, aplicando o dinheiro em obras mais produtivas, como estradas, pontes, escolas e afins. Sobre o assunto vale a pena ler "Quanto custou a Basílica da Estrela", um trabalho da autoria de Luís A. Walter de Vasconcelos, editado pela Câmara Municipal de Lisboa (1989). É um trabalho de académico escrito em linguagem muito clara e bem-disposta, que se lê de uma penada.

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Afinal parece não ter custado tanto como se especulava, porque D. Maria I soube fazer economias: o terreno era de seu marido (e tio), D. Pedro III (fazia parte da Casa do Infantado), os arquitectos eram funcionários públicos (Mateus Vicente de Oliveira e Reinaldo Manuel dos Santos) e até o principal escultor, Joaquim Machado de Castro, pertencia aos quadros do Estado. Quanto ao custo total, não terá ultrapassado os 3,5 milhões de cruzados, a preços actuais, qualquer coisa como 15 milhões de euros. E se assim foi, saiu barato!
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Quem saiu prejudicado, e muito, foram os frades da Estrelinha (mesmo em frente, onde está agora o Hospital Militar), que ficaram sem a água do poço e com a horta em fanicos, o pátio soterrado sob toneladas de pedra, necessária para a obra, com a cerca escavacada pelas bestas de carga e pelos rodados das carroças que traziam os materiais. Pediram à rainha uma indemnização pelos estragos e pelos anos de desassossego, mas nunca viram um centavo.

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Editor de opinião

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um " doce" a quem adivinhar quem são estes três " velhotes ......