terça-feira, 28 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Bolo Rei da Nacional
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Boas Festas
Olivais Velhos
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Reescrever a História
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Natal 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
puzzle humano
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O último enforcado
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Alecrim aos molhos
domingo, 14 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Contrato de trabalho
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
A ladra da feira
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Domingos Ardisson
Todas as terras têm excêntricos. Lisboa tem tido muitos, mas nem todos com classe para ficarem na história da cidade. Domingos Ardisson teve-a.A sua origem é obscura, mas aparece-me um David Ardisson fundador da fábrica do Almonda e criador da marca Renova, em 1818. Este Domingos, nascido por 1810, deve ser da família, mas nunca se dedicou a negócios. Passou pela Guarda Nacional, foi graduado em alferes e depois em capitão, de que recebia uma pensão (por amizade de algum político), que não lhe chegava para a vida que levava, de frequentador do S. Carlos, onde se passeava com à-vontade pelos camarins das artistas, mas também dos melhores salões de Lisboa. Morreu já passado dos 70 e no leito de morte, no Hospital Militar da Estrela contava aos amigos que tinha medo que ninguém fosse ao seu enterro. Porquê? A resposta é simples: para levar a vida folgazã tinha por hábito perguntar aos amigos de posses: "Vais ao meu enterro?" Com a resposta positiva, Domingos avançava: "Olha que vais gastar pelo menos 1200 réis no aluguer do trem. Se me deres mil réis agora ficamos quites. Muitos, achando graça davam-lhe o dinheiro. Uma ocasião, Domingos foi assaltado no 3.o andar da Travessa de S. Mamede, onde vivia. Apanhou o ladrão, encostou-lhe uma pistola à cabeça e perguntou: "Quanto tens nos bolsos?" O ladrão respondeu a medo: "Tudo o que tenho de meu são 680 réis." "Serve", disse-lhe Domingos, acrescentando: "Volta quando quiseres!" No dia seguinte Domingos Ardisson dizia, muito alegre, que ia tirar licença no Governo Civil para continuar a explorar a sua nova indústria.
ponto
Editor de opiniãoEscreve à quarta-feira
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
A trapalhada do 5 de Outubro
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
O verdadeiro Leão da Estrela
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Bichos na cidade por António Mendes Nunes
Bichos na cidade
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Hoje apresento-vos o programa da Festa dos Finalistas do ano lectivo de 1962-1963, que teve lugar no dia 24 de Novembro de 1962.
Dia difícil de esquecer, em especial, para os finalistas desse ano.
Como podeis constatar, a nossa Festa não terá sido (de certeza) inferior a outras realizadas em estabelecimentos congéneres.
Existia, na altura, uma certa competição neste tipo de eventos, e, tanto quanto me recordo, o nosso Instituto Vaz Serra esteve sempre entre os primeiros.
Mas vamos ao programa.
Às dez horas da manhã foi rezada Missa no Seminário das Missões.
À tarde, após a entrega dos prémios conquistados nas diversas provas desportivas, seguiu-se um encontro de futebol entre a equipa dos finalistas e o Centro Liceal e Técnico da Sertã, estabelecimento que dava os primeiros passos na área da educação.
O resultado desse encontro, foi um claro 10-1 a favor da equipa de finalistas que alinhou de início com:
Paulo Farinha, Hélder Serrano, Cavaleiro, Bastos dos Santos, Pinho Flor, Peres, Teixeira, Simões, Vicente, Salvado e Fernando Lopes.
Marcaram: Pinho Flor (1), Teixeira (3), Simões (1), Vicente (2), Salvado (1) e Fernando Lopes (2).
Finalmente, chegava a noite, e a excitação crescia, pois o programa era aliciante.
Principiou com um sarau de variedades, apresentado por Carlos Cruz, que encetava a sua vida profissional em Portugal, e um “naipe” de artistas de se lhe “tirar o chapéu”.
Juntar João Maria Tudela, Marina Neves e os “Conchas”, em Cernache do Bonjardim, foi um arrojo da excelente “Comissão” que teve a seu cargo a organização desta “Festa de Finalistas”.
Finalmente, o baile com que terminava todos os anos este evento.
Vindo de Torres Novas, o “Conjunto Tibúrcio” tocou e encantou até às seis da manhã, para quem conseguiu dançar até essa hora.
Tudo isto se passou há quarenta e oito anos …
Um abraço amigo do
Paulo Farinha
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Festa de Finalistas do Ano Lectivo de 1962-1963
Hoje partilho convosco, uma das fotos tiradas nessa noite do século passado, precisamente no dia 24 de Novembro de 1962.
Brevemente colocarei o intenso programa desse dia inesquecível para os finalistas desse ano, adiantando que se iniciou com uma missa solene no Seminário das Missões, passando por uma excelente tarde desportiva e terminando à noite com um sarau e o respectivo baile de finalistas.
Na foto acima, temos da esquerda para a direita: Fernando Lopes, José Luís Flor, Maraia de Fátima Sequeira, Fernado Araújo, Maria do Céu Lopes, José Vicente, Alzira Moreira, José Luís Martins, João Cordeiro Simões, José Paulo Farinha, António Cavaleiro Teles, José Bastos dos Santos e Tavares Paixão.
É óbvio que faltam nesta foto imensos colegas.
Valendo-me da minha memória, recordo: Esmeralda Nunes, Porfírio Paiva, Dantas, Armando Coelho, Neves Francisco, Helder Serrano, Carlos Salvado, Peres, Aires, Teixeira, Bell Ferreira, António Jorge Pimentel, Torres Ferreira e o Delfim Guimarães.
Estou convicto que me faltam ainda três ou quatro colegas, pois éramos cerca de trinta os finalistas desse ano.
Desculpem-me os que não mencionei, mas era interessante os “lesados” recriminarem esse esquecimento.
Um abraço para estes sexagenários e para todos que nos visitam.
Paulo Farinha
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terça-feira, 31 de agosto de 2010
Recordar
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
O nosso Joaquim Cabrita Neto
Presidente da República Cavaco Silva galardoou algarvios no Dia de Portugal (com fotos)
Joaquim Cabrita Neto, Adriano Pimpão, Celestino Monteiro, João Pires e a Fundação Irene Rolo foram distinguidos pelas suas ações em prol da nação.
***
Nota de rodapé: Extraordinário como as feições de Cabrito Neto continuam com os mesmos contornos. Reconhecê-lo-ia em qualquer lado. Daqui vai o meu abraço ao Cabrita Neto.
Café Académico
Mudanças no blogue
Recordações
terça-feira, 17 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Almoço no Luso 1954
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Tromba d’ Eiró
Entrei, de mão dada com a minha tia Laura. Sentei-me lá ao fundo numa cadeira velha. Os pés pendurados porque não chegavam ao chão. As cadeiras eram todas velhas, assim como a barbearia e o seu dono: O tromba d’Eiró.
Nós íamos cortar o cabelo num dos barbeiros da terra. Cabeleireiras, só alguns anos mais tarde. Muito mais tarde...
O tromba d’Eiró, além de velho, era também manco.
A tesoura estalava por cima do pente na cabeça dos clientes.
Dava tesouradas no ar, onde não havia cabelo. Nunca entendi porque razão fazia aquilo. Seria moda ?
A alcunha não sei quem o inventou. Toda a gente o chamava Tromba d’Eiró. Cabeça pequena, no alto do pescoço semelhante a um galo de “ pescoço pelado”, cabelos brancos e muito magro.
Já naqueles tempos, quando eu era pequena, seria nos tempos de agora, uma barbearia unisexo, uma vez que cortava cabelos a homens e mulheres.
A minha tia também se sentou e enquanto lia uma revista, a “ matar” o tempo, o barbeiro ia puxando conversa:
-- Tem chovido muito ! O tempo está mau !
A minha tia ia acenando com a cabeça sem vontade de responder. Eu não tinha voto na matéria. Encolhida na cadeira esperava pacientemente a minha vez.
A barbearia tinha um calendário sujo e com um gatinho deitado num tapete azul. Sim. A barbearia não tinha calendários com mulheres nuas. Era de respeito !
E o Tromba d’Eiró ia tesourando ora no cabelo do cliente, ora no ar.
Eu olhava, admirada com a “ mestria” do artista.
A barbearia ficava situada na rua principal, perto do mercado. Na rua, os passantes, iam olhando e um ou outro, juntamente com um comprimento, também paravam e faziam um comentário. Mas o barbeiro, entretido no corte do cabelo, não dava muita importância.
É que, enquanto nós, cachopos pequenos, não contávamos para o tempo de espera, nem para o lugar que ocupávamos, a menina Laurinha, não ! Essa era fina e havia que lhe prestar mais atenção. Já não seria muito jovem, mas era uma senhora algo bonita e com formas físicas ainda bem proporcionadas. E era a minha tia!
O barbeiro, embora velho e manco, tinha gosto apurado , em relação às suas clientes. O homem tinha bom gosto e a mulher sabia-o. Não saía da barbearia. Mas ele, esperto, mandava-a aos recados. Mandava-a à farmácia ou a qualquer sítio longe.
Enquanto ela ia e vinha com o recado cumprido, ele ia enchendo os olhos com quem lhe aparecia pela loja.
A menina Laurinha era dessas clientes que, quando precisava de cortar o cabelo, dava pretexto para a mulher do Tromba d’Eiró ter de fazer um recado bem longe.
O espelho com as bordas carcomidas pelo tempo, servia, também para reflectir a imagem dos clientes sentados junto à parede.
O balcão onde pousava a navalha, o púcaro da água, o pincel e o sabão “ pinta azul” eramos únicos utensílios usados pelo barbeiro. A tesoura continuava a dar tesouradas ora no cabelo, ora no ar. O pente também girava de um lado para o outro, ligeirinho por entre os dedos do mestre e o cabelo do freguês.
E o Tromba d’Eiró, olhando de soslaio a Laurinha, sentada na cadeira, sem lhe dar grande importância, coisa que o arreliava grandemente.
A barbearia era pequena. O espelho dava a panorâmica de um canto ao outro. O freguês finalmente acabou de ser atendido e uma nuvem de pó de talco inundou-lhe o pescoço. É que o barbeiro entusiasmado apertou com mais força a pequena bomba cheia de pó cheiroso, pensando que poucos minutos depois estaria com a menina Laurinha sob a sua tesoura.
Este pagou e foi embora. Entrei eu. Claro! Uma data de tesouradas e o cabelo lá ficou com umas pontas cortadas e outras mais ou menos. Agora vai-te embora !
Mas a menina Laurinha ! Essa, sim, era já a seguir ! Mas aí tinha que ter mais cuidado.
Colocou a toalha em volta do pescoço, devagarinho, acompanhada de uma data de salamaleques. Afinal não era todos os dias que tinha uma freguesa daquelas.
Penteou, penteou, cortou, penteou, cortou ....
Mais um jeitinho daqui, mais uma tesourada dali e o Tromba d’Eiró foi-se entusiasmando e cortando, cortando. Estava nas nuvens com a cabeça da Laurinha nas suas mãos.
Finalizado o serviço e olhando o espelho, ela soltou um grito de susto.
É que no meio do entusiasmo quase ficou sem cabelo.
Abriu muito os olhos e perguntou aflita:
-- Cortou tão curto ? E agora ?
Ao que o Tromba d’Eiró respondeu sem perder a calma:
-- Agora ? Não se preocupe. É bem de raíz, com o tempo volta a crescer !!
Natércia Martins
2010
História mais ou menos verdadeira passada em Cernache lá pelos anos 40. A barbearia do Tromba d'Eiró ficava muito perto da loja dos Pivetas.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
A Costureira
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
ESPECIALISTA - HISTÓRIAS DE LISBOA
Por obra e graça
Quem saiu prejudicado, e muito, foram os frades da Estrelinha (mesmo em frente, onde está agora o Hospital Militar), que ficaram sem a água do poço e com a horta em fanicos, o pátio soterrado sob toneladas de pedra, necessária para a obra, com a cerca escavacada pelas bestas de carga e pelos rodados das carroças que traziam os materiais. Pediram à rainha uma indemnização pelos estragos e pelos anos de desassossego, mas nunca viram um centavo.
***
Editor de opinião