quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Uma pequena lembrança

Há memória do Ten Nunes Que a filha (Natércia) me perdoe mas não me recordo dela, no entanto ao ler o nome de seu Pai veio-me á memória a lembrança da maneira, com alta tecnologia, ele fazia para pôr o carro a trabalhar em dias de Inverno.... e sempre que o fazia, eram vários os curiosos a assistir o carro se não me engano era um Skoda ou um Sinca já não me recordo. I dentro do carro buscar um frasco com éter embebia um desperdício com ele colocava-o no carburador e ai estava o carro a tabalhar..

6 comentários:

Sérgio Lopes IVS 192 disse...

Tens boa memória! Era um autêntico ritual, muito apreciado pela malta, dada a alta tecnologia da época. Não me lembro do Professor Mendes Nunes ter falhado de pôr o carro (Skoda, creio) a trabalhar uma única vez.

Natércia Martins disse...

Meus Amigos: A memória de mim é natural que não seja muita. Eu era um tanto apagada ( O Sérgio diz que não) mas era novita e todos vocês eram uns matulões. Além disso tinha medo dele e do Dr. Gil.
A tecnologia do desperdício do carro não falhava. Era um Morris com a matricula AC ........ e também utilizava a tecnologia do empurrão. Chamavam-lhe o ANTES DE CRISTO Vocês empurravam até ao Clube e depois vinham à boleia até cá abaixo.
Não é que isso deve ser genético ? Tenho o meu filho do meio que é precisamente na mesma:
Carro de empurrão, falta de gasolina etc etc
Usava o cigarro na boca e soprava a cinza. Lembram-se ?
O Canelas é meu vizinho e esteve há dias aqui em minha casa e esteve a falar do meu pai.
Um abraço
Natercia

Sérgio Lopes IVS 192 disse...

Natércia! Senhora professora, esse sujeito indeterminado em "eu era um tanto apagada (O Sérgio diz que não) mas era novita e todos vocês eram uns matulões. Além disso tinha medo dele e do Dr. Gil" deixa-me ficar muito mal nessa fotografia. Esses malandrões vão deduzir - porque eu era um matulão - que tu tinhas medo de MIM e do Dr. Gil... Brincadeira, é evidente que te referes ao teu pai.

Lembro-me perfeitamente de ir a correr para empurrar o carro do teu pai até ao Clube e assegurar a boleia do Clube até ao internato. Era praticamente uma rotina. Como me lembro do teu pai ter o hábito de segurar o cigarro, aceso ou apagado, "geograficamente" no meio dos lábios. Quando o cigarro estava aceso e ganhava cinza, ele soprava para a cinza cair.

Esperemos que o Zé Avelar publique a foto que tem do saudoso Ten. Mendes Nunes.

Natércia Martins disse...

Pois foi Eu tinha medo do meu pai e do Dr Gil É que eu levava a sério de um e de outro. De vocês rapazes, eu gostava, claro !

Sérgio Lopes IVS 192 disse...

Imponente a figura do Professor Ten. Mendes Nunes. Foi um bom mestre. Eu que estudei tanto tempo quanto o que estive no I.V.S., ou mais, por esse mundo fora, não encontrei melhor. O Dr. Gil Marçal de facto tinha dedo para escolher professores, razão pela qual o I.V.S. foi considerado nos anos 50 o melhor centro de formação do país.

Malgrado, aquele aspecto sisudo, a personalidade do Ten. Mendes Nunes, quando se começava a conhecer para além do professor, isto, é o HOMEM, era expansiva. Tive com ele uma relação privilegiada a partir de uma certa altura em que a antiguidade no I.V.S, tal como na tropa, passou a ser um posto e o Ten. Mendes Nunes passou a dar-me o tratamento de adulto (ou pré-adulto). Nunca mo disse, mas desconfio que ele também era sensível à circunstância dos meus pais morarem a 6.000 km de distância e eu passar as férias curtas em Cernache. Certamente havia ali uma preocupação pelo meu bem-estar.

Também a partir de certa altura, o Professor Mendes Nunes juntava um grupo limitado de alunos mais velhos (eu, Prior, Nogueira e mais um ou dois da terra) e franqueava-nos a sempre bem recheada adega. Era então que nos dava aqueles conselhos que os pais dão, quando estão perto, o que não era o meu caso.

É, portanto, esta combinação da missão de professor com o dar de si voluntariamente algo extra a imagem que guardo com saudade do Ten. Mendes Nunes.

P.S. Naturalmente, não posso deixar de mencioná-lo de passagem, as idas à adega do Ten. Mendes Nunes, davam-nos a oportunidade de espiar se a filha, a Natércia, estava a crescer tal como mandam todas as leis fundamentais da natureza...

Natércia Martins disse...

Ò Sérgio. Com o comentário que deixaste em relação ao meu pai deixaste-me sem palavras. Comoveste-me É que debaixo daquela coisa de mauzinho ( cultura da época) era uma pessoa humana e sensível, principalmente com vocês que tinham os pais longe.
Dizes que eu podia ter casado contigo Pois !!!! Teria sido preciso pedires-me namoro, coisa que eu teria certamente aceitado logo !!!! Outros tempos !!!!!!