quarta-feira, 2 de junho de 2010

Crónica de Antínio Mendes Nunes, o nosso 14

Excêntricos do Manteigueiro

por António Mendes Nunes, Publicado em 02 de Junho de 2010
FAZ AGORA um ano publicámos neste espaço a história do chamado Palácio do Manteigueiro, onde actualmente funciona o Ministério da Economia e da Inovação, no nº 18 da Rua da Horta Seca, ao Camões. Ou melhor, contámos um pouco da vida do excêntrico Domingos Mendes Dias, o primeiro proprietário. Parece que a excentricidade ficou guardada nos buracos das paredes, a ter em conta alguns inquilinos que se lhe seguiram. Comecemos pelo cidadão de origem inglesa João Fletcher, elegante excêntrico da sociedade lisboeta, que por meados da década de 1830 trouxe para o nosso país o primeiro landau (carruagem de quatro rodas e excelente suspensão), que fazia morrer de inveja os possuidores dos pesadões e desconfortáveis coches que por cá havia.
Em 1860 a propriedade foi comprada pelo visconde de Condeixa, João Maria Colaço de Magalhães Velasques Sarmento. Homem culto, para a história ficou o seu segundo filho, Jerónimo Colaço de Magalhães da Gama Moniz Velasco Sarmento Alarcão Bulhões de Sande Mexia Salema. Galã inveterado, frequentou os lugares selectos do Chiado, era conhecido pelo tout Paris apenas por M. de Magellan, mandava engomar as camisas em Londres e pode ter inspirado a Eça de Queirós a criação de Fradique Mendes. M. de Magellan morreu num luxuoso hotel da capital francesa, em 1884, aos 39 anos, de ataque cardíaco, diz-se que depois de uma festa de arromba em que a única peça de roupa usada pelas belas mulheres presentes era uma liga na perna direita.
Editor de opinião Escreve à quarta-feira

9 comentários:

Sérgio Lopes IVS 192 disse...

Como sempre o nosso 14 delicía-nos com outra das sua crónicas da sua especialidade, a Lisboa do passado.

Nesta história há, porém, um exagero imperdoável, não da feitura do AntónioMN, evidentemente, que este limitou-se a contar-nos a história. Porquê a liga na perna de uma mulher doutra sorte nua?

Natércia Martins disse...

Era para enfeitar !!!! He! He! He1

Sérgio Lopes IVS 192 disse...

Um corpo de mulher nu vem enfeitado de origem eheheheheheh

Natércia Martins disse...

Concordo, mas um enfeitezinho ..... fica mais airoso. Afinal a liga nem tapanada. Chama a atenção ...... e mais nada !!!!!

Antonio Garcez disse...

Posso meter a colher?
Na minha opinião, no corpo de uma mulher não existe nada para tapar
e com uma liga muito menos. Aliás, a liga é demais para tapar seja o que for.
Um abraço

Sérgio Lopes IVS 192 disse...

Ó António G, vamos lá acertar: a liga é demais ou de menos?

Na minha humilde experiência, parece-me de menos... mas dá trabalho que pode ser aplicado noutras tarefas...

Natércia Martins disse...

Agora será também a minha vez. Vai sair disparate, como é costume, mas eu acho que qualquer coisa mesmo bonita precisa sempre de qualquer coisa que chame a atenção.
É que há certos pormenores que podem distrair, como seja um sinal (?)por exemplo.
Com a liga ...... vai a atenção direitinha para ..... a liga, claro !

Sérgio Lopes IVS 192 disse...

Ó Natércia, mas que ingenuidade ou desconhecimento do psiquismo masculino! Quando à tanto para ver numa mulher nua, quem quer ter uma liga de permeio? Uma mulher é como que um reactor supersónico ahahahah

Natércia Martins disse...

Se calhar é mesmo ingenuidade minha.
admito !!!