quarta-feira, 30 de junho de 2010

Crónicas do AntónioMN

ESPECIALISTA HISTÓRIAS DE LISBOA

Mãos de fada

por António Mendes Nunes, Publicado em 30 de Junho de 2010
Maria Teresa da Conceição Borges nasceu no Rio Seco, em 1753, não se sabendo se na rua do Mirador, onde morava em 1819, quando a sua fama de bordadeira a atirou para as páginas do jornal da época, a "Gazeta de Lisboa". Não se sabe nada sobre a família, mas não devia ser gente de pé descalço, não só pelo tamanho do nome (nessa altura o povo tinha dois nomes e era um pau!), como pelo apurado gosto artístico.
Estranho era morar no Rio Seco, uma Lisboa de poucos pergaminhos e nenhumas tradições, que, grosseiramente, podemos delimitar pelas ruas do Mirador e Rio Seco a poente, Rua daAliança Operária, a nascente, e Rua do Cruzeiro, a norte. Para sul, seja o que Deus quiser, e vamos pôr os marcos na Rua da Quinta do Almargem.
Conta a "Gazeta de Lisboa" que aos 66 anos bordou em ponto de agulha em retrós, sem ter estudado regras de desenho, a grande estampa da Ceia do Senhor, gravura de Morghen, copiada do quadro de Leonardo da Vinci. Num artigo de Rodrigo Vicente de Almeida, publicado no n.o 6 da "Arte Portuguesa" (1883), pode ler-se que a senhora bordou aos 80 anos uma imagem de Nossa Senhora da Conceição que, meio século depois, figurou na Exposição das Indústrias Caseiras, realizada no Porto. Mas os seus dotes haveriam de chegar à corte, com os retratos bordados de D. João VI e D. Carlota Joaquina, por volta de 1824, o que lhe valeu uma pensão de 12 mil réis por ano, o que equivaleria, nos dias de hoje, a cerca de 500 euros. Uma miséria, convenhamos. Mesmo assim, depois das convulsões das lutas liberais, D. Pedro IV cortou-lha, quatro anos antes da morte da artista, em 1837.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Manuel Vaz Serra

Manuel Vaz Serra
Da Madalena Vaz Serra recebi com profundo pesar a triste notícia do falecimento no passado dia 24 de Junho do nosso querido colega e seu tio Manuel Vaz Serra.
O saudoso Manuel cresceu comigo durante os 7 anos que passei no IVS; mais que colegas, fomos para efeitos práticos, "irmãos" e companheiros de tantas peripécias de adolescente. Recordo vivamente o "ataque" ao presunto e chouriços na adega do Comendador Libânio, seu avô.
Querido Manuel, lá onde estás que encontres a PAZ e faz o favor de guardar um cantinho para mim.
Teu sempre amigo
Sérgio

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Crónicas do AntónioMN

ESPECIALISTA HISTÓRIAS DE LISBOA

Futebol real

por António Mendes Nunes, Publicado em 23 de Junho de 2010
Em tempo de Mundial de futebol vem a talhe de foice referir o primeiro jogo de futebol público que se realizou no concelho de Lisboa. Na tarde de 22 de Janeiro de 1889, no Campo Pequeno (ainda não havia a Praça de Touros, que só seria construída em 1892), um grupo de rapazes que costumava divertir-se em Cascais resolveu mostrar ao povo o que era aquele novo desporto. Quem eram eles? Aqui fica a lista, não se sabendo quantos terão jogado: irmãos Pinto Basto (Guilherme, Eduardo e Frederico), tidos como os primeiros a trazerem de Inglaterra uma bola e as regras do jogo, actividade que praticavam no colégio onde haviam estudado, do lado de lá da Mancha. A eles juntaram-se os seus primos Carlos, Fernando e João Pinto Basto, João Bregaro, Eduardo Romero, Afonso Vilar, D. Simão de Sousa Coutinho (Borba), Eduardo Pinto Coelho, Augusto Moller, Henrique Vilar, Francisco Alte, Salvador da França, Manuel Salema, visconde da Asseca, António e Francisco Avilez, D. Simão de Sousa Coutinho, Hugo O'Neill, Vasco Sabugosa (conde de S. Lourenço), Pedro Sabugal, Luiz Trigoso e visconde de Castelo Novo. Tudo gente da melhor sociedade. Na assistência, também a melhor sociedade lisboeta e muito, muito povo. Mas a história mais engraçada destes tempos pioneiros passa-se no Porto, em 1894, quando se realizou o primeiro Porto-Lisboa. O rei D. Carlos e a rainha D. Amélia chegaram ao campo de Vilar, já o desafio ia a meio da segunda parte. Para agradar à rainha, os jogadores continuaram em acção por mais uma boa meia hora.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dra. Fernanda Dá Mesquita em Junho 2010

Colei esta foto só para contar o que me aconteceu na semana passada em Oeiras. Cruzei-me na Rua com a Dra. Fernanda Dá Mesquita que, não via desde o tempo em que foi minha professora no IVS. Foi um encontro muito emotivo de parte a parte, conversámos toda a tarde. Tem a bonita idade de 74 anos e é viúva há três. Falou com muita ternura e saudade dos tempos que passou em Cernache. Adorei este pedaço de regresso ao passado e aqui estou a partilhar convosco.

programa daqueles bons velhos tempos

Olhem só para a qualidade destes artistas !!! Grande programa!!Só quem vivenciou aqueles tempos, percebe a importância que esta festa tinha, nesta terra tão desconhecida.

sábado, 19 de junho de 2010

Memórias da Judite

Da Judite recebi este e-mail que fala por si próprio. Não tenho nenhuma vergonha de admitir que me vieram as lágrimas aos olhos. Por várias razões, mas também por que o Amâncio, à direita, meu amigo e meu companheiro de futebol, já nos deixou há tanto tempo. Rever a garotinha, que foi a nossa mascote, foi uma emoção muito grande. Aí está ela a falar connosco, 50 e tal anos depois! Bem hajas Internet, bem hajas Judite!
Date: 6/18/2010 11:15:32 PM
Subject: Recordações da Judite
Olá amigos e ex-colegas!! Há alguns dias que vos tenho "seguido" com muito interesse e por vezes com alguma emoção, até que vejo uma foto em que estou eu, com 6/7 anos, e a minha irmã! ....então aqui estou para vos dar os PARABÉNS pelo blog e, claro pelas fotos, até porque também tenho algumas para mostrar. Passei a minha infância e adolescencia em Cernache, porque o meu Pai trabalhava na HidorElectrica do Zêzere e, estudei no IVS.
Vou partilhar convosco algumas recordações que tenho guardado com muito carinho. Foram anos que todos recordamos nesta fase da vida, com muita saudade.
Para "aperitivo", anexo esta para o Sérgio. Lembras-te ???
Beijinhos,
Judite
Judite já te enviei o convite para entrares no blogue.
Date: 6/18/2010 11:15:32 PM
Subject: Recordações da Judite
Olá amigos e ex-colegas!! Há alguns dias que vos tenho "seguido" com muito interesse e por vezes com alguma emoção, até que vejo uma foto em que estou eu, com 6/7 anos, e a minha irmã! ....então aqui estou para vos dar os PARABÉNS pelo blog e, claro pelas fotos, até porque também tenho algumas para mostrar. Passei a minha infância e adolescencia em Cernache, porque o meu Pai trabalhava na HidorElectrica do Zêzere e, estudei no IVS.
Vou partilhar convosco algumas recordações que tenho guardado com muito carinho. Foram anos que todos recordamos nesta fase da vida, com muita saudade.
Para "aperitivo", anexo esta para o Sérgio. Lembras-te ???
Beijinhos,
Judite

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Memórias da Lucília

Arquivo fotográfico da Lucília
No Café Académico.
À mesa reconheço 2º da esq. Daniel (o nosso guarda-redes), debruçado com a garrafa na mão Manuel Teixeira, só mostrando a cabeça Rangel de Lima. Quem debita mais nomes?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Crónicas do AntónioMN

ESPECIALISTA HISTÓRIAS DE LISBOA

Bairros esquecidos

por António Mendes Nunes
Quem saberá onde é o Bairro Bélgica? E o Bairro de Londres? Há 50 anos ainda eram assim conhecidos, mas depois essa memória foi-se e hoje é o nome de um obscuro construtor civil que dá o nome a toda a zona. O olisipógrafo Norberto de Araújo, na sua obra "Peregrinações em Lisboa" (1938-1939), diz-nos que os terrenos a norte da linha do caminho-de-ferro de cintura, construída em 1890, foram divididos em talhões e edificados a partir de 1930, tendo surgido para poente o Bairro da Bélgica e para nascente o Bairro Santos.
Na obra "Pelas Freguesias de Lisboa", uma edição do Pelouro da Educação da C.M.L. (2000), com textos de Carlos Consiglieri, José Manuel Vargas e Marília Abel, especifica-se um pouco mais, escrevendo-se que entre 1910 e 1940, entre a Avenida de Berna e a linha de cintura, se construiu o Bairro de Londres (Rua Tenente Espanca, Rua D. Luís de Noronha e Avenida Santos Dumond), o Bairro do Lagar Novo entre a Rua da Beneficência e a Azinhaga da Torrinha e o Bairro Neves Piedade, entre a Rua da Beneficência (lado nos números ímpares) e a estrada das Laranjeiras.
Mais tarde, em 1914, por proposta da vereação da C.M.L., o Bairro Neves Piedade (nome do construtor civil) foi substituído por Bairro da Bélgica, em homenagem ao povo daquele país pela resistência ao exército invasor alemão, no início da Grande Guerra. Quanto ao Bairro do Lagar Novo, acabou por ficar conhecido pelo nome de Bairro Santos, do seu construtor, José Joaquim dos Santos.
Editor de opinião Escreve à quarta-feira

terça-feira, 15 de junho de 2010

Memórias da Lucília

Continuando com o arquivo fotográfico da Lucília
Reconheço 3 caras, mas apenas um nome. O primeiro da esquerda é o Biscaia, iramã da Locas e Mimi. E também creio que a garotinha ao fundo é a Natércia.
Quem dá o nome ao resto das caras?

Memórias da Lucília

E continua o arquivo fotográfico da Lucília
Sérgio Lopes em vénia, rodeado de Meninas por todos os lados
Suponho que se come o farnel.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Memórias da Lucília

Ainda do arquivo da Lucília
E o piquenique chegou ao fim. Preprados para o regressos, voltámos a posar para a posteridade. Quem diria que esta foto me viria parar à mão tantas décadas passadas?!!! Mas veio, por que a Lucília, lá nos EUA, se decidiu a partilhá-la com os sobreviventes dessa época. Lucília, a quem ficamos eternamente gratos, minha querida irmã.
Da esq. Luis Amaral, Sérgio Lopes, não recordo os nomes das 3 meninas no meio, mas recordo que a de chapéu era linda. da direita para a esq. Telmo, meu companheiro nas férias curtas, a Lucíla e a ruiva Edite Amaral (meu par perfeito a dançar o Rock) e irmã do Luis.

Memórias da Lucília

Mais uma foto do arquivo da Lucília
E depois do repasto começou o baile.
À esq. Lucília e Sérgio, à direita Luís Amaral com uma menina cuja cara recordo, mas o nome não. Estaremos em 1957?
E assim nos divertíamos em são camaradagem.
P.S. Pensando melhor: Lucília, não estavas agarradinha demais?
Vou sair daqui antes que dê bronca

domingo, 13 de junho de 2010

Memórias da Lucília

Ainda do arquivo fotográfico da Lucília
Piquenique
Repare-se na cesta do farnel, nas mantas debaixo do braço e, sobretudo, na caixa do gramofone à direita. O sítio escolhido para o piquenique também servia de "recinto" para a dança eheheheheh Era requinte para a época! E como nos divertíamos! Outros tempos.
Reconheço todas as caras, mas só 3 nomes: segundo da direita o Telmo de Moçambique que, como eu, passava a férias mais curtas e feriados com as meninas da terra; da esq. segunda a Lucília, aqui já uma senhorinha, eu a seguir. Lembro-me que o primeiro da direita e garota (ruiva) do meio com a saia às flores eram irmãos. Também recordo que a garota da saia das flores era prima da Isabel Baptista, minha namorada, e que foi um grande par meu para dançar o Rock, quando o Rock se "abateu" um dia inesperadamente sobre nós. Também recordo que um pouco contra as expectativas, a ruiva desabrochou numa linda mulher.
Lucília, obrigado pela recordação e, se fazes o favor, preenche os nomes que me escapam. Tanta saudade desse lugarejo que Cernache era então, mas com uma gente tão avançada para a época. Ai estão nos anos 50 adolescentes, rapazes e raparigas, sem pau de cabeleira...
Nota: Actualizado por gentileza do António Gracez: primeiro à esq. Luís Amaral, centro de saia às flores, sua irmã Edite Amaral.

sábado, 12 de junho de 2010

Memórias da Lucília

Foto do arquivo da Lucília
Consumindo o farnel numa excursão à Serra da Estrela
Em cima da esq. Lucília (de blusão), Patrão, Arminda Pires, Maria do Carmo; em baixo Laurinda Barata e Arminda Barata. Tinham classe as nossas meninas.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Memórias da Lucília

Outra foto do arquivo da Lucília
O externato de boa memória do lado das nossas meninas. Da esq. Helena Gaspar, Maria do Carmo, Carolina (Sertã) e Lucília. Do que a Lucília me foi lembrar! Tive um "namorico" com a Maria do Carmo que tinha uma carinha linda. Todas estas meninas foram minhas amigas, com mais relevância para a Lucília. Recordo muito bem a Helena Gaspar, sempre sorridente e bem disposta.

Memórias do Jorge Nogueira

Foto do arquivo do Jorge Nogueira trazida de Pombal pela Natércia
Esta foto, eu (à esq.) e o Jorge Nogueira, tinha ficado esquecida entre as que o Jorge disponibilizou. Deve ser de 1957 ou 1958.
Nada me daria mais prazer que o Jorge Nogueira decidir aparecer pelo blogue, uma vez que se alguém tem uma história para contar, e a conta com tanto humor, esse alguém é o Jorge Nogueira. Tantas recordações guardo do Jorge, dos pais do Jorge e do irmão. Quantas vezes fui convidado em casa deles em Pombal, durante aquelas férias pequenas, quando não ia até Luanda. Obrigado Jorge, tal como a Lucília, também foste na minha adolescência o irmão que nunca tive. na mesma ordem está a Natércia, cujo pai frequentemente me convidava e ao Telmo (de Moçambique) para passarmos umas horas em sua casa. Aquela gente era mesmo boa.

Memórias da Lucília

A Lúcília já mais grandota, diria aí com 16 anos, com a farda azul de Verão do IVS. Foto tirada possivelmente na Sertã

Memórias da Lucília

Hoje recebi um envelope cheio de fotos da minha querida amiga Lucília. Como já aqui o disse, a Lucília foi em Cernache e no IVS a irmã que nunca tive. As fotos cobrem vários temas, mas começar por aquelas onde a Lucília está para que todos a recordem
Foto tirada no quintal da Lucília. No centro a Lucília com a idade de 11 anos agarrada a uma boneca, um presente que veio de Espanha; à esquerda da Lucília, diria com mais ou menos a mesma idade, o filho do Prefeito Paiva e à direita da Lucília, um miúdo cuja cara reconheço a esta distância, mas cujo nome nem a Lucília, nem eu recordamos. Natércia! És precisa aqui para nos dares o nome do miúdo! Ou talvez o teu irmão saiba.
Naquele tempo, quando as meninas ainda brincavam com bonecas - e não com os meninos como hoje - olhem para a cara deleitada e orgulhosa da pequenita Lucília.
Obrigado Lucília! Estás sempre no nosso coração. Cernache é de facto um bichino que nunca nos deixou, pese embora o nosso périplo pelo mundo

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Salvemos a Maria Inês

Nota da minha Amiga Isabelinha:
Soube através da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro, que a Maria Inês de 8 anos, precisa urgentemente de um dador. Por favor leiam e divulguem.

Memórias do José Melo

Mais uma foto enviada pelo recém-achado ex-aluno José Melo.
Decidi colar aqui o comentário do José Melo à foto:
Esta foto foi tirada no refeitório do IVS. Creio que num dia de festa. Dia de festa, dia de pudim, dia de correria e dia de cuspo. Explicando.Quando se chegava á mesa e já alguém se sentara antes, era certo e sabido que já tinha cuspido em todas as sobremesas, logo, havia duas atitudes: ou comia ou não comia.
Na foto estão o Narciso que o sei em Ponte Sôr, o Quintas Ribeiro fardado e de óculos- segundo creio trabalhou em algo lidado à meteorologia, o Patuleia de quem nada mais soube e estou eu, do lado esquerdo, com "carinha de santo de pau oco". Os outros dois, do lado esquerdo, não me lembro absolutamente nada deles. Um abraço a todos.

Memórias do José Melo

Do José Melo recebi este e-mail
Date: 6/9/2010 3:31:19 PM
Subject: Fwd: Alguma fotos do ano de 1961
Boa tarde,
Aqui vão algumas fotos da minha curta passagem pelo IVS.
Foram.por razões alheias alheias ao Instituto, tempos não muito fáceis. A vida é feita deles e dos outros, isto é dos BONS.
No entanto ainda me lembro do Capitão Mendes Nunes, das suas aulas de matemática e dos cigarros CT que pendurava uns atrás intercalados por frequentes ataques de tosse.
Acabei sendo expulso.
Recordo com muita saudade o Ten. Paiva, homem duro mas justo. Outros tempos.
Nunca privei com os amigos que aí fiz. A maldita guerra colonial matou-"nos" a uns menos e a outros TUDO. Sobrevivemos.
Seu,
JFM
Caro José,
É uma enorme alegria receber-te no nosso blogue. Sê bem-vindo. Publico a primeira das 3 fotos que enviaste, onde por acaso penso reconhecer dois dos antigos colegas. O primeiro à esquerda rece ser o Quim da Nazaré; O destacado entre o do chapéu branco e o gorro conheço-o, mas não recordo o nome. Está aí algures numa foto no ringue de patinagem, também com o Quim e outros.
Vamos ver se outros membros reconhecem mais alguém. Vamos Natércia e AntónioMN!
José, estou a mandar-te o convite para te registares no blogue. O registo é com este teu endereço e-mail e a password que usas para abri-lo.
Saudações IVS
Sérgio 192
Decido colar na página da foto o comentário do José Melo:
A “ESTÓRIA DESTA FOTO” Esta foto foi tirada num dia em que o Académico de Viseu visitava o Desportivo de Cernache. A rivalidade entre os dois clubes era na altura imensa. Já antes numa altura em que aí fiz “uma perninha de bom comportamento”, os forasteiros haviam sido “brindados” por uma valente dose de pedrada no autocarro já fora da vila mas…”em jeito de saudações de boas… idas”. Por quem? Por um grupinho “anónimo” de estudantes do IVS. O anonimato de pouco nos valeu porque fomos na altura da façanha muitos - entre eles eu - os castigados. Nestas coisas eu fazia sempre questão de não faltar. Como não faltei ao enterro da pastelaria do Vítor, onde depois de nos terem atirado de uma janela “líquido orgânico” lá tivemos que partir umas coisitas. Noto que desta vez não fiz nada, mas, como era freguês assíduo destas andanças…Zás uns dias sem sair! Organizamos imensas “malfeitorias”: assaltos á dispensa do Instituto, partidas aos professores que habitavam connosco, e muitas, muitas cenas de pancadaria entre nós… Prosseguindo… Na segunda volta do campeonato e temendo mais desacatos que, diga-se, já estavam a ser (bem) organizados, foram-nos trocadas as voltas: Tudo em “pic-nic” para a serra há hora do jogo! Nesta foto posso reconhecer alguns nomes que o tempo não apagou: O Manelinho Vaz Serra – o mais gordinho de todos nós. O Breda Marques de óculos escuros em ultimo plano. No penúltimo do lado esquerdo da foto, vestindo um casaco “civil” está… O Firmino meu companheiro de tropelias - e tantas foram Logo na sua frente…. O Luzia outro que aprontava e bem conjunta e inseparavelmente comigo e o Cunha Porto. Posso ainda reconhecer o Rodeia, o Martins – primo do Galamba – que está numa outra foto que enviei. Vêem-se os irmãos Conim. Pode-se apreciar a parecença. O Galamba ainda o vi algumas vezes aqui em Lisboa… O de gorro tinha a alcunha de alemão e creio que se chamava Holfman. O de chapéu era o Cabrita (?). Estão Zé João, não vejo o Narciso de Ponte Sôr, nem o Quintas Ribeiro de Barroselas, mas vejo o Branco á esquerda de pólo listado na horizontal. Faltam o Guerra de Castelo Branco o Daniel De Timor, o Teodomiro de Moçambique, O Zé Artur de Aveiro, e o inenarrável Taradinho… No meu tempo o IVS tinha o internato e as aulas, dadas num edifício próximo do campo de futebol, eram compartilhadas com alunos externos e eu que vinha dos liceus de Lisboa fiquei admirado por serem mistas. Havia uma Helena que não recordo o apelido que na altura fazia muito sucesso, lembro-me da Idalina Gestosa -era cá uma refilona !- tinha um irmão de nome Nuno (?) e da minha amiga Marília Paiva.. Enfim… Um dia voltarei a falar desses tempos. Haja disposição e a amabilidade deste espaço.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Crónica de Antínio Mendes Nunes, o nosso 14

ESPECIALISTA HISTÓRIAS DE LISBOA

Cavalo de estimação

por António Mendes Nunes, Publicado em 09 de Junho de 2010
Tinha um cavalo mas não era branco como o de Napoleão e em comum com o imperador apenas tinha o metro e meio de altura e o facto de ser militar. Augusto Carlos Teixeira de Aragão nasceu em Lisboa no dia 15 de Junho de 1823. Formou-se em Medicina e, apesar de ter chegado a general e a cirurgião-mor do exército, os amores da sua vida foram a numismática e a arqueologia. Amigo íntimo de D. Luís, teve oportunidade de estudar as colecções do Estado e de vasculhar em arcas e baús de palácios e casas particulares em busca de moedas esquecidas dos tempos romanos e visigóticos.
Entre 1867 e 1875 publicou "Descrição Histórica das Moedas Romanas Existentes no Gabinete Numismático de Sua Majestade El-Rei O Senhor D. Luiz I" e "Descrição Geral e Histórica das Moedas Cunhadas em Nome dos Reis, Regentes e Governadores de Portugal", que ainda hoje são fundamentais no mundo da numismática e que o levaram, em 1876, a ser eleito para a Academia das Ciências.
Teixeira de Aragão viveu até à morte, em 1903, na Rua do Salitre, em frente ao entroncamento com a Rua Castilho, numa casa que hoje tem anexo um parque de estacionamento.
Entrava a cavalo pela porta principal e seguia por uma alcatifa vermelha até ao doce remanso das sombras do jardim, onde a montada tinha um confortável estábulo. Quando os amigos lhe criticavam tamanha maluquice, dizia-lhes: "Já por ali entraram cavalgaduras maiores e apenas com duas patas", dando o assunto por encerrado.
Editor de opinião Escreve à quarta-feira

terça-feira, 8 de junho de 2010

Só hoje encontrei esta foto. Foi o Benjamim que me tirou esta foto, estava eu no 5º ano. Há tantos anos !!!
Na casa do meu pai. Lá ao fundo a casa da Cesaltina.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Irmãos Crisóstomo

Tomo a liberdade de transcrever aqui um e-mail recebido já hoje e que vem ao encontro dos nossos anseios, isto é, o aparecimento de outros antigos colegas do IVS.

***
Caro Garcez De vez em quando vou ao site dos ex alunos do IVS e fico muito contente quando vejo as fotos dos meus irmãos. Sou a irmã mais nova Casimira e também por lá passei até ao 5º ano. Quanto a eles (Norberto e Dinis) estão felizmente bem. O primeiro está no Canadá com a família. O Dinis vive num «Paraíso» perto do Rio Paiva. Para mais informações cá estou!!!! Um abraço Saudações ivsssssss!!!! Casimira Crisóstomo

***
Nota: Não te limites sòoente a "espreitar" o nosso blog. Participa nele, envia fotos antigas e comentários, para que não"morra" este meio de comunicação entre nós. Um abraço para ti.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ainda a visita a Cernache do Presidente Américo Tomaz e Cardeal Cerejeira

A Maria Madalena Vaz Serra emprestou-me esta foto para colar aqui. Penso, sem ter a certeza, que o jovem de óculos escuros à direita sou eu. Quem reconhece os outros?

Crónica de Antínio Mendes Nunes, o nosso 14

Excêntricos do Manteigueiro

por António Mendes Nunes, Publicado em 02 de Junho de 2010
FAZ AGORA um ano publicámos neste espaço a história do chamado Palácio do Manteigueiro, onde actualmente funciona o Ministério da Economia e da Inovação, no nº 18 da Rua da Horta Seca, ao Camões. Ou melhor, contámos um pouco da vida do excêntrico Domingos Mendes Dias, o primeiro proprietário. Parece que a excentricidade ficou guardada nos buracos das paredes, a ter em conta alguns inquilinos que se lhe seguiram. Comecemos pelo cidadão de origem inglesa João Fletcher, elegante excêntrico da sociedade lisboeta, que por meados da década de 1830 trouxe para o nosso país o primeiro landau (carruagem de quatro rodas e excelente suspensão), que fazia morrer de inveja os possuidores dos pesadões e desconfortáveis coches que por cá havia.
Em 1860 a propriedade foi comprada pelo visconde de Condeixa, João Maria Colaço de Magalhães Velasques Sarmento. Homem culto, para a história ficou o seu segundo filho, Jerónimo Colaço de Magalhães da Gama Moniz Velasco Sarmento Alarcão Bulhões de Sande Mexia Salema. Galã inveterado, frequentou os lugares selectos do Chiado, era conhecido pelo tout Paris apenas por M. de Magellan, mandava engomar as camisas em Londres e pode ter inspirado a Eça de Queirós a criação de Fradique Mendes. M. de Magellan morreu num luxuoso hotel da capital francesa, em 1884, aos 39 anos, de ataque cardíaco, diz-se que depois de uma festa de arromba em que a única peça de roupa usada pelas belas mulheres presentes era uma liga na perna direita.
Editor de opinião Escreve à quarta-feira