Outra pérola que o JJ do blogue irmão ERO me mandou via e-mail e tenho muito gosto em colar aqui. Obrigado JJ e um abração para ti.
O Principezinho, os Poetas Mortos e o Barry White
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O Principezinho, o Clube dos Poetas Mortos e o Barry White (entre outros),
por BELÃO
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Ao fim de tanto tempo parcialmente ausente deste blog, estou enfim a iniciar umas merecidas férias e portanto, mais disponível para desfrutar da vossa companhia e boa disposição. Ainda não consegui pôr a leitura do blog em dia, mas prometi ao JJ que participaria com o meu testemunho. E aqui estou, espero que não fora do prazo.
Livros, músicas, filmes...
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Quanto ao livro que me marcou, há um em especial, que recebi aos 10 anos - O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupérit. É provavelmente o livro que mais vezes li, reli e que recomendo sempre aos meus alunos no final do 1º ciclo. Assim, quando chegarem ao 6º ano e o tornarem a ler, fá-lo-ão com “outros olhos”, como me sucede, sempre que lhe pego. É um livro que, digamos, não escolhe idades.
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Adoro cinema. Daí a dificuldade em eleger um filme. Eles são tantos... Estive mais de uma hora a “rebobinar a cassete”, deitadinha no sofá e lembrei-me:
-Das risadas enormes que ecoavam no Pinheiro Chagas quando assistia aos filmes do Cantinflas e do Groucho Marx, nas cadeiras duríssimas da plateia.
- Das “cowboyadas” que passavam no Salão Ibéria.
- De uma fase, típica da adolescência, em que era vidrada em filmes de terror. Não perdia um. À noite custava-me adormecer, já sabia de antemão. Mas ia a todos.
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São muitos os filmes que vi e são muitos os que poderia recordar aqui, mas houve um, de 1976 (se não me engano) que me fascinou sobretudo pela interpretação soberba do meu actor preferido – “Voando sobre um ninho de cucos”, de Milos Forman, com Jack Nicholson. É um filme controverso e tocante, maravilhosamente representado.
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Na década de 80, vi três vezes, quase seguidas “ O clube dos poetas mortos”, de Peter Weir, no qual Robin Williams tem, na minha modesta opinião, o seu melhor papel. Uma lição de vida, de humanismo. A maneira como ele ensina os alunos a seguirem as suas paixões individuais e tornarem as suas vidas extraordinárias é maravilhosa. É música para a alma.
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E quanto a músicas……. nem sei que vos diga.
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Início dos anos 70- Bridge Over Troubled Water, de Simon and Garfunkel era uma das minhas preferidas. Quem não desfrutou deste slow em qualquer festa de garagem?
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Devo confessar que sempre gostei muito de dançar. Daí que seja “fãzerrima” do Disco e do Soul. Lembro-me de, uma noite, no Inferno da Azenha, ao fim de várias horas de dança com uns saltos altíssimos, me ter descalçado e, quando quis regressar a casa, os sapatinhos vieram na mão, pois não cabiam nos pezitos, tão inchados estavam.
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Aquela batida fazia-me saltar para a pista, quer fosse Gloria Gaynor, Village People ou Boney M.
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Mas gostar, mesmo muito, ter tudo o que era disco, ouvir milhentas vezes, durante horas a fio – o meu preferido – Barry White.
Clique para Ver - http://www.youtube.com/watch?v=0YfZ6uYyHrs&feature=related
Até treinei aquela bela coreografia de Peter Mac Nicol em Ally McBeal, ao som de My first, my last, my everything! Durante uns tempos, Love’s Theme foi o tema de abertura da pista do Green Hill, à meia-noite. Acreditam que eu fazia questão de lá estar para esse momento?
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Isabel Sousa e Silva
4 comentários:
O blogue não tem de ser só fotos e "historietas" sobre o IVS. A menos que haja renovação de participantes, as fotos e "historietas" tendem a esgotar-se.
Acho que podemos seguir o modelo adoptado pelo blogue irmão ERO, sendo o que acabo de colar ontem e hoje um exemplo. Temos dois jornalistas (João Facha e António Mendes Nunes) e vários autores de contos (Profs. Ferreira de Lerena e Natércia). Sigamos em frente.
Hoje recebi um telefonema do sobrinho e herdeiro do Dr. Gil Marçal, Fernando Condesso, a informar-me que há no novo IVS um arquivo de fotos do velho IVS a que ele está a tentar deitar a mão para me entregar. Esperemos que consiga.
Sérgio (IVS nº 192)
Não conheço o JJ nem conheço ninguém do ERO, mas como participo activamente no Blog do IVS, sinto-me tentada a fazer também um comentário.
Li o Principezinho talvez com uns olhos e um cérebro diferente do que tenho hoje, calejada pela vida.
Prometo que vou ler. Ia pouco ao cinema, talvez, também porque onde vivi não havia essa cultura e também porque as mentalidades fechadas dessa época não mo permitiam.
Depois de casada com um homem extraordinário em muitas coisas, mas fechado a alguns tipos de cultura. A vida, o trabalho, os filhos e tudo o que se seguiu levou-me por outros caminhos.
Se pudesse colocar umas rodas na minha vida e andar para trás uns anos, acreditem que o fazia.
Quem me dera ter vivido muito do que vocês viveram.
Posso dizer que depois dos 60 anos aprendi tanto, ou muito mais do que nos anos que vivi para trás. Acreditem se quiserem !
Natercia
Natércia, minha querida amiga, por favor, não enveredes por essa via. Tu viveste uma vida rica e quiçá muito mais nobre do que aqueles de nós que corremos o mundo, quer por dever profissional, quer por turismo. Tu transferiste o teu saber para as crianças, na tua capacidade de professora. Não conheço nenhuma missão mais nobre.
Correr o mundo, Natércia, tem o seu preço! Vivemos e vimos muitas coisas que não escolhemos viver e ver.
E tu estás agora disponível para veres todos os filmes e leres todos os livros que entenderes, escolhendo-os a teu bel-prazer.
Vendo as " coisas" por esse lado talvez tenhas razão. Ensinar ´´e um acto nobre, aprendi muito com os meus alunos. Mas vocês que correram o mundo tiveram lições de vida muito ricas.Quem me dera ter visitado paises e culturas que vocês visitaram. Certo, que nem tudo foram " rosas", mas a vida do ensino também teve os seus " espinhos", principalmente no início, onde nem havia dinheiro para comprar lápis ou papel.
Escolas e até habitação (?) onde não havia água nem luz electrica.
Hoje, posso ler o que me apetece,e ver todos os filmes é verdade, mas quando podia " saborear" o que lia ou via, não tinha tempo.
Vocês viveram !!! Eu não vivi !!!
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