O nosso António Mendes Nunes , cada vez mais parecido com o pai, o nosso saudoso professor Ten. Mendes Nunes, fez o favor de mandar-me a crónica que publicou hoje no iOnline. É com muito gosto e orgulho que a colo aqui:
Um aqueduto monumental sobre o Rossio
O miradouro de S. Pedro de Alcântara foi o local escolhido por António Costa para anteontem apresentar a sua recandidatura à C. M. de Lisboa, talvez por ser uma das mais belas vistas de Lisboa, desde o alto de Campolide, à esquerda, até ao Tejo, à direita, com o castelo em frente. Há pouco mais de um século era frequentado por senhoras da média burguesia, que nas tardes de domingo iam ouvir a música das bandas e 50 anos antes, por volta de 1850, não era difícil encontrar, no seu passeio diário, a imperatriz D. Amélia de Beauharnais, viúva de D. Pedro IV, apaixonada do jardim. Nessa altura já todos haviam esquecido a má fama do local, muito tempo monturo de todos os lixos, vazadouro de animais mortos e local de atracção de suicidas, que desde o início do século 19 se atiravam lá para baixo, para a ravina da Rua das Taipas, à média de 3 e 4 por semana, procurando um remédio definitivo para uma vida de misérias. Mas aquele terraço, aquela enorme muralha que dá para as Taipas, não nasceu para ser jardim, mas sim para acolher um enorme depósito das Águas Livres, o mesmo que depois acabou por ser a Mãe d'Água das Amoreiras. O projecto inicial, de 1729, traçado por Manuel da Maia, que previa um aqueduto semelhante ao que atravessa o vale de Alcântara para passar sobre o Rossio e ir até à Graça, foi abandonado em 1740, quando Custódio Vieira foi nomeado director da obra. O grande aqueduto sobre a Baixa da cidade nunca foi construído. Já imaginou como ele teria mudado a imagem de Lisboa? António Mendes Nunes Jornalista
P.S. A crónica do António pode ser lida no iOnline aqui: http://www.ionline.pt/conteudo/13323-um-aqueduto-no-rossio
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