A palavra Saudade,
É difícil de dizer.
Por vezes fica a amizade
Como gostava de te ver !
É crime sem perdão.
Eu sei! Querer amar-te.
Agora que pouco resta
Da rosa vermelha que me deste
Guardo as pétalas dessa flor
Nas folhas velhas do meu missal.
E tudo rola, com o rolar do tempo !
Eu sei ! Foi pecado sem perdão !
Ideia fugaz do meu viver.
Amar-te, foi pecado sem perdão.
Como gostava de te ver !
Meus sonhos são doida fantasia !
Fugazes, misteriosos, irrealizáveis !
Vivo no meu mundo de poesia
Em redoma de vidros inquebráveis !
Sou rocha firme que não parte !
Sou rude como pedra da ribeira !
As tuas mãos, são pétalas macias
Que afagam minha face envelhecida.
Foste o sonho, a vida, a morte
De meus sonhos, de doidas fantasias
Fugaz sonho ou desnorte ?
Sonhei mais uma vez contigo !
Tenho saudades!
Gostava de voltar a ver-te!
Amei uma ilusão. Uma fantasia !
Amor, beijo a tua face.
Guardei os beijos que me deste
Na palma da minha mão,
Juntos com a fantasia do meu sonho.
Já pouco mais me resta
Da vida que se esvai pouco a pouco.
Mas sonhei contigo !
Eu sei !
Amar-te foi pecado sem perdão !
Natércia Martins
Não tenho mais fotografias, mas este blog também é um "abrir"o baú das recordações.
Aprendi muito, do que hoje sei, naquele colégio. Fui, mais uma vez ao fundo da memória e trouxe isto. Obrigado por me lerem.
2 comentários:
Nem só com imagens se recorda e transmite tantas emoções.
Com a tua boa prosa com que já nos habituaste e agora com este belo poema, dás-nos bons testemunhas das tuas vivências que são também afinal pedaços de vida de cada um de nós.
Continua a escrever e a deliciar-nos com o bordado das tuas palavras.
Faco minhas as palavras do Fabre e so acrescentaria, Natercia, que em meia duzia de palavras ritmadas a perfeicao extraiste um pouco (ou talvez muito)dos sentimentos e recordacoes de todos nos.
Claro que o blogue nao e so para fotografias. Continua, por favor.
Bem hajas!
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