quarta-feira, 29 de julho de 2009

Aqui estamos

Dia11/03/58 --- Nogueira e Sérgio
Um cego que nunca existiu
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Conhece-se a origem de todos os nomes de ruas, becos, largos e sítios de Lisboa, menos do Arco do Cego. Não há documentos ou escritos que nos desvendem o mistério. Quem foi o cego que deu origem ao nome, ou se não houve cego nenhum, ninguém sabe. Sabe-se, isso sim, que desde o século 17 a designação Arco do Cego englobava uma vasta zona, com uma estrada do mesmo nome que começava mais ou menos no local onde hoje está o edifício da Polícia Judiciária, na Rua Gomes Freire, e terminava no Campo Pequeno, compreendendo toda a região que hoje vai da Avenida Defensores de Chaves até ao Instituto Superior Técnico e Praça de Londres.
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A origem do arco entende-se, pois por aí andavam os limites urbanos do concelho e haveria um arco com uma porta onde se pagariam os impostos da entrada de mercadorias na cidade. Do "cego" é que já é mais complicado.
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Na Lisboa antiga eram normalmente os proprietários dos sítios que lhes davam o nome e se tivesse havido um cego, por deficiência ou por alcunha, seria mencionado em algum lado, em algum documento, em alguma escritura. Mas não há nada. Assim sendo, parece- -me que o nome virá de "Arco Cego", isto é, com fraca visibilidade, apertado. E era tão apertado que um dia, no Verão de 1742, quando se planeou a ida de D. João V a águas para as Caldas da Rainha, e verificando-se que nele não passava o coche real, o arco veio abaixo? Por ironia do destino, sua majestade acabou por tomar outro caminho na saída da capital.
por António Mendes Nunes, Publicado em 29 de Julho de 2009 no jornal i

terça-feira, 28 de julho de 2009

Mais uma foto

Só tem carimbo de um fotógrafo de Lisboa Não tem data Nogueira,Manuel Vaz Serra e Sérgio Lopes

segunda-feira, 27 de julho de 2009

As botas do meu pai

A tarde corria devagar. Aliás, na aldeia, a tarde corre sempre devagar. Não há muito para fazer, além de cuidar dos animais. Há que regar as plantas: couves, milho e batatas. Mas isso faz-se logo pela manhã, quando o “ fresco “ se faz sentir. E que bom é o fresquinho da manhã, no meio do milho com a água a correr e molhar os pés. Eu gosto !

Há muitos anos que não faço este trabalho. E tenho saudades .....

Depois do almoço fica a “ sorna “. Com o calor a apertar e a cantiga das cegarregas convida à sesta dormida à sombra de uma árvore se as formigas cavalonas não se lembrarem de nos interromper o descanso com ferroadas dolorosas e chatas.

Resta a tarde, longa, até à noite.

Por entre um abrir e fechar de olhos sonolentos e preguiçosos há que pensar e talvez recordar .

O local mais fresco e aprazível fosse o “ Pivetas “. O Pivetas era o sapateiro. É isso mesmo ! Ali também se conversava e por entre cabedais, fivelas, sandálias e chinelas, encontravam-se umas figuras femininas com pouca roupa, impressas nuns postais comprados às escondidas e guardados nas prateleiras, bem lá no fundo.

Juntavam-se ali à espera que o Pivetas desse ordem de uma espreitadela às meninas dos postais em fato de banho, ou até uma ou outra mais despida.

Aquilo era uma festa ! O poder espreitar para um daqueles postais !

Depois vinham as histórias contadas quase sempre na primeira pessoas. Cada um dos “ visitantes” tinha uma história. Assim o sapateiro tinha sempre companhia. Ele gostava. Um dia a minha avó chamou a atenção do meu pai que as botas precisavam meias solas.

O meu pai pegou nelas e, claro, foram parar à oficina do Pivetas. Havia mais uns quantos sapateiros mas aquele tinha os postais mais bonitos, embora a colecção,fosse antiga e vista e revista.

Pegou nas botas com a promessa que na semana seguinte estariam consertadas.

A tarde convidava à conversa. Sentou-se num banquito perto da porta, onde já se encontravam mais dois ou três clientes.

O Pivetas com o avental de cabedal e a forma colocada nos joelhos martelava uns pregos numa chinela de mulher. Olhou para o meu pai e perguntou:

__ Ó senhor Nunes, como foi aquela história do canivete e o padre Zé ?

O meu pai encabulou porque embora a história tivesse uns laivos de cómica tinha-lhe valido uma valente tareia da minha avó, que não era mulher para brincadeiras.

Risota geral. Eles tinham ouvido a mesma história dezenas de vezes. Mais uma vez ...... nem parecia mal. Há um ou outro ponto que se acrescenta e tem sempre contornos diferentes.......

Apesar de tudo a história é gira .......

Parece que, quando o meu pai era pequeno o Padre Zé lhe pedia para ajudar à missa. Normalmente eram os garotos que mudavam o missal, levavam a bandeja para a comunhão, colocavam o vinho e água na galheta.

A isso chamava-se ajudar à missa

Eram sempre os garotos mais educados que ficavam encarregues desse trabalho.

E o pequeno António lá ia mesmo contrariado, mas não havia outro remédio ....

Um Domingo, à porta da Igreja e junto dos homens, tentando imitá-los pegou num canivete de cabo branco, de corno e afiava uma varinha de salgueiro Com calma, o padre chegou e olhou para as mãos do pequeno. Deitou - -lhe a a mão e levou para dentro da Igreja o objecto que considerava perigoso. Deu início ao acto sagrado. Lá para o meio da missa quando chegou a ocasião dizia o padre:

__ Muda o missal, António !

__ Não mudo. Dê-me o canivete.

__ Não posso. No fim da missa.

__ Não dá ? Não mudo o missal !

No público ninguém ouvia O diálogo entre os dois era sussurrado, em surdina.

__ Muda o missal !

__ Não mudo !

Foi, então, que o padre se viu obrigado a levantar a batina e tirar do bolso das calças, em plena missa, o canivete e passá-lo para as mãos do garoto. Pronto ! A história foi contada mais uma vez.

Fim do dia. E as botas ?

__ Senhor Nunes, estou com elas, dizia o Pivetas.

E a pergunta repetiu-se durante uma ou duas semanas.

__ As botas ?

__ Estou com elas, Senhor Nunes .....

Nas frase “ Estou com elas “ fazia supor que estava com elas no conserto. A meio, talvez ....

Até que um dia, o meu pai perguntou mais uma vez se as botas estavam prontas. A resposta repetiu-se.

__ Estou com elas ... Estou com elas ....

Olhando para os pés do velho sapateiro ....... e lá estavam elas ....... calçadas !!!!!!!

Pois ... Até falava verdade. “ Estou com elas” significava que estava com elas ...... calçadas .....

E assim, se ia governando, sem precisar de comprar botas ou sapatos. Ia calçando as dos fregueses que as levavam para consertar ....

Sempre ouvi dizer: “ Quem não tem cão .... caça com gato “ ........

Natércia Martins

Conhecem ?

Foto de 1955/56 Nogueira, Soutelinho e João Monsanto
Nota da administração
Acho que este comentário do Manuel Jorge merece o destaque que decido dar-lhe:
Soutelinho nasceu de 7 meses e era um grande sorna. Um dia levamo-lo no colchão para a varanda do internato antigo e ele não acordou. João Mousanto, era tão bom pianista que tocava sem ter música e alegrava os nossos bailes ao fim de semana no clube.
Manuel Jorge

sábado, 25 de julho de 2009

Pastelaria do Iglésias - 1956/57

Nogueira, Zéquinha Sotto Mayor, Telmo

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mais uma recordação

Ano de 1956/57 Moura Neves, Sotto Mayor, Telmo, David Ribeiro, Nogueira

Comidinha 1956/57

Souto Mayor, Telmo, David,Nogueira, Zé Oliveira O bacalhau veio da Figueira da Foz

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fotos Galvão

Sergio Como até agora não publicaste as fotos do Galvão que te enviei a pedido dele,resolvi eu então faze-lo,há ai algumas repetidas,paciencia,mas é para veres que os outros tb sabem algo de informatica, Abraço e aos outros camaradas do IVS Vitor Carrilho

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Lembras-te desta ?

Esta também veio de Pombal comigo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Avenidas Novas por António Mendes Nunes, Publicado em 22 de Julho de 2009 no jornal i Em meados do século XIX Lisboa "rebentava pelas costuras", com os seus mais de 200 mil habitantes a ocuparem pouco mais do que o espaço reformulado um século antes pelo Marquês de Pombal, na sequência do Terramoto de 1755. Lisboa, para norte, acabava no Passeio Público, mais ou menos onde hoje é a Praça dos Restauradores. Em 1879 rompeu-se a Avenida da Liberdade e adjacentes e Lisboa voltou a parar durante mais 20 anos, na Rotunda.Este é um retrato apressado, sem pormenores, como por exemplo, a abertura da nova Estrada da Circunvalação (1885) que alagava os limites urbanos da cidade de Algés a Benfica e daí até Sacavém. O célebre plano do Engº Ressano Garcia a estabelecer a ligação entre a Rotunda (Praça Marquês de Pombal) e o Campo Grande, corria o ano de 1888, alargou a cidade para norte. Os primeiros lotes começaram a ser urbanizados nos primeiros anos do século seguinte. O primeiro grande eixo a ser delineado foi a Avenida das Picoas, mais tarde chamada de Ressano Garcia e que depois do 5 de Outubro de 1910 recebeu a designação que ainda hoje mantém: Avenida da República.Seguiram-se as outras ruas que definiram a malha urbana das "Avenidas Novas" (por oposição às "Avenidas Velhas", isto é, o quadriculado da Avenida da Liberdade e adjacentes). É curioso referir os nomes que receberam na altura da construção (entre parêntesis): Avenida 5 de Outubro (António Maria Avelar), Defensores de Chaves (Pinto Coelho), Miguel Bombarda (Hintze Ribeiro), Elias Garcia (José Luciano). Haverá ainda alguém vivo que se lembre disto? Jornalista Tags: lisboa, ressano garcia, circunvalação, avenidas novas, antónio mendes nunes

Fotos Galvão

Fotos Galvão

Pino ?

Pino ou " beijinho " ? Sérgio e Nogueira a " mostrarem" às meninas como eram bons ginastas Do álbum do Nogueira

Dia de bola

A foto é do Álbum do Nogueira e tem a data de 12 de Abril. Só reconhecemos o Amâncio ( falecido) e o Farraia. O 3º a contar da direita , na fila de baixo. Devem conhecer mais. ....

terça-feira, 21 de julho de 2009

Do blogue irmão - ERO

Outra pérola que o JJ do blogue irmão ERO me mandou via e-mail e tenho muito gosto em colar aqui. Obrigado JJ e um abração para ti.

O Principezinho, os Poetas Mortos e o Barry White

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O Principezinho, o Clube dos Poetas Mortos e o Barry White (entre outros),
por BELÃO .
Ao fim de tanto tempo parcialmente ausente deste blog, estou enfim a iniciar umas merecidas férias e portanto, mais disponível para desfrutar da vossa companhia e boa disposição. Ainda não consegui pôr a leitura do blog em dia, mas prometi ao JJ que participaria com o meu testemunho. E aqui estou, espero que não fora do prazo. Livros, músicas, filmes...
. Quanto ao livro que me marcou, há um em especial, que recebi aos 10 anos - O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupérit. É provavelmente o livro que mais vezes li, reli e que recomendo sempre aos meus alunos no final do 1º ciclo. Assim, quando chegarem ao 6º ano e o tornarem a ler, fá-lo-ão com “outros olhos”, como me sucede, sempre que lhe pego. É um livro que, digamos, não escolhe idades.
. Adoro cinema. Daí a dificuldade em eleger um filme. Eles são tantos... Estive mais de uma hora a “rebobinar a cassete”, deitadinha no sofá e lembrei-me: -Das risadas enormes que ecoavam no Pinheiro Chagas quando assistia aos filmes do Cantinflas e do Groucho Marx, nas cadeiras duríssimas da plateia. - Das “cowboyadas” que passavam no Salão Ibéria. - De uma fase, típica da adolescência, em que era vidrada em filmes de terror. Não perdia um. À noite custava-me adormecer, já sabia de antemão. Mas ia a todos.
. São muitos os filmes que vi e são muitos os que poderia recordar aqui, mas houve um, de 1976 (se não me engano) que me fascinou sobretudo pela interpretação soberba do meu actor preferido – “Voando sobre um ninho de cucos”, de Milos Forman, com Jack Nicholson. É um filme controverso e tocante, maravilhosamente representado. .
Na década de 80, vi três vezes, quase seguidas “ O clube dos poetas mortos”, de Peter Weir, no qual Robin Williams tem, na minha modesta opinião, o seu melhor papel. Uma lição de vida, de humanismo. A maneira como ele ensina os alunos a seguirem as suas paixões individuais e tornarem as suas vidas extraordinárias é maravilhosa. É música para a alma.
. E quanto a músicas……. nem sei que vos diga.
. Início dos anos 70- Bridge Over Troubled Water, de Simon and Garfunkel era uma das minhas preferidas. Quem não desfrutou deste slow em qualquer festa de garagem?
. Devo confessar que sempre gostei muito de dançar. Daí que seja “fãzerrima” do Disco e do Soul. Lembro-me de, uma noite, no Inferno da Azenha, ao fim de várias horas de dança com uns saltos altíssimos, me ter descalçado e, quando quis regressar a casa, os sapatinhos vieram na mão, pois não cabiam nos pezitos, tão inchados estavam.
. Aquela batida fazia-me saltar para a pista, quer fosse Gloria Gaynor, Village People ou Boney M.
. Mas gostar, mesmo muito, ter tudo o que era disco, ouvir milhentas vezes, durante horas a fio – o meu preferido – Barry White.
Até treinei aquela bela coreografia de Peter Mac Nicol em Ally McBeal, ao som de My first, my last, my everything! Durante uns tempos, Love’s Theme foi o tema de abertura da pista do Green Hill, à meia-noite. Acreditam que eu fazia questão de lá estar para esse momento?
.
Isabel Sousa e Silva

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Que dois !

Jorge Nogueira e Telmo Do Album do Jorge Nogueira

Antigo Aluno Carlos Heras

É com enorme alegria que damos as boas-vindas a mais um Antigo Aluno do IVS, de quem recebemos este mail:
Date: 07/20/09 00:00:49
Subject: antigos alunos inscrição
Foi com imoção que encontrei o V. Blogger.
Andei no I:V:S. em 1955. Vim de Angola e andei com o Pedro Pires que
também vinha de Angola mais propriamente da Vila de Lucala. Lembro-me
do Barros do Porto, cujo irmão era corredor de automóveis. Lembro-me
de um colega que tinha patins com bota e que posteriormente vim a
vê-lo num filme francês (julgo que se chamava Rui), recordo-me dos
irmãos Mota Veiga, de uma rapariga de Cernache que se chamava Isabel
Goulão.
Junto estas fotos para recordação
Respeitos
Carlos Las Heras
1955
Que ternura de foto! Alguém reconhece? Que será feito dele?
1955
Reconheço pelo nome o Carlos Alberto (de Luanda) lá no alto à esquerda com um tipo encavalitado nele, na outra ponta à direita o Toscano, na segunda fila a contar debaixo com as mãos sobre o prefeito sentado ao lado do outro prefeito Profírio Paiva o filho profírio Paiva. Ao lado direito do prefeito de lenço branco no bolso é o Oscar Pimenta do ex-Congo Belga. Reconheço outras caras mas os nome escapam-me.
O Carlos Heras já aceitou o convite via sistema para contribuir para o nosso blogue. Carlos, começa a debitar as tuas histórias.
Abração
Sérgio (IVS 192)
Do nosso António Fabre - malandro que diz estar velho e esquecido!!!!! - veio este esclarecimento:
Agora uma ajudinha sobre o grupo. Desculpa camadada mas quem está com as maos nos ombros do António Joaquim, prefeito, é o António Guimarães. Trajando à civil na fila de trás temos o Campeão de Freiras. Reconheço aida o Zito e o Arinto, estes de Figueiró. O irmão mais no do Ant. Guimarães o Guimarãesito etc. etc. É sempre difícil e morosa a discrição para identificação dos fotogradafos...

domingo, 19 de julho de 2009

Do blogue irmão - ERO

Mais uma vez o blogue irmão ERO nos brinda via e-mail com este lindo escrito que aqui colo com muito gosto:

HOTEL CALIFORNIA

ou
Uma Roulotte em Caldas da Rainha,
por Fátima Clérigo
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. Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao JJ o convite para escrever um texto neste blog, a quem desde já envio um cumprimento especial pela vasta cultura musical, pela singularidade evidenciada nos relatos que produz e pelos excelentes dotes de repórter e de comunicador.
. Em segundo, é um privilégio e uma honra poder aceder a um "mundo" muito especial. Já conhecia o blog que traduz um espírito de amizade sincera e de nostalgia que parece unir os ex-alunos do ERO. Parece-me igualmente tratar-se de um conjunto de Pessoas muito interessante, em que as capacidades são diversas e o talento sente-se...
. Não sou Caldense, mas se fosse...como gostaria de ter pertencido ao ERO ! Tenho aí uma grande Amiga - a Emiliana.
. No entanto, desde muito pequenina que as minhas férias me ligam às Caldas e à Foz do Arelho – uma das praias da minha infância – a que mais destaco.
. Em terceiro, cá vai a minha história…
. Tinha dezasseis anos e, precisamente no mês de Julho “embarquei” numa aventura com 3 amigas… 2 semanas de férias nas Caldas da Rainha. Ficámos no ex Parque de Campismo da Orbitur numa espaçosa e acolhedora roulotte, a que desde logo apelidámos de “Nosso Hotel”.
. A excitação era imensa e os preparativos por si só, deixavam antever uma experiência inolvidável… Recordo que tinha uma vasta colecção de saias coloridas, algumas acabadas apressadamente, momentos antes de partirmos, confeccionadas por uma talentosa costureira considerada “muito à frente” para o seu tempo e que ficaram na história destas férias…diariamente disputadas entre as 4 amigas. Completava o décor outra colecção de sabrinas, cujas aplicações foram por mim elaboradas por forma a torná-las o mais versáteis possível, desde laços a botões forrados a tecido, aplicações metálicas…enfim…meia dúzia de sabrinas multiplicavam-se em outras tantas, parecendo sempre novas…
. Escusado será dizer que com tanta “encenação”, ao 2º dia de estadia já tínhamos alguns “amigos” a “gravitar” à nossa volta. Iniciámos então a nossa incursão pela cidade e a “noite” passou a ter um lugar de destaque nos nossos dias, sendo a discoteca “Queens” e o “ Ferro Velho” os locais de eleição das 4 amigas e de outros tantos “amigos”.
. E é aqui que entra a minha música…a que guardo numa das minhas gavetas das recordações e que me liga às Caldas – “Hotel California” dos Eagles.
(Clica para ouvir) Hotel Calfornia dos Eagles
Em noites de discoteca, recordo como momento mais aguardado, o dos “slows”,e os acordes das violas e o timbre peculiar da voz do vocalista, presentes nesta música, colocavam em riste o mais obediente dos cabelinhos (que me perdoe o JJ se proferi alguma atrocidade musical). E assim, no início dos “slows” os pares “faziam-se à pista” e “dançavam”, praticamente sem sair do mesmo sítio… Recordo que “ do meu metro e meio”, a que se juntavam apenas alguns solidários centímetros, me esforçava diariamente para alcançar os cerca de 20 centímetros a mais do “meu par”…Por altura dos ditos “slows” o meu pobre nariz embatia no seu peito, impregnado de “Old Spice”, esbracejando aflito, clamando oxigenação – valeu-me a apneia treinada diariamente nas águas da Foz do Arelho…ou hoje não estaria aqui para contar a história…
. Para concluir, esta aventura não se ficou por esta música, mas quando ainda há pouco a ouvi de novo, é de facto a que me traz à memória o aroma das árvores do Parque de Campismo, o canto dos pássaros ao acordar e por vezes ao deitar, e o entediante “Old Spice” (memória que refuto de bom grado, porque nunca mais tolerei o aroma) e bem ,os cabelinhos continuam obedientes, isto é, o efeito da música mantém-se, (agora que abri a “tampa do alçapão”)…como que a querer dizer “Welcome to Caldas da Rainha, Such a lovely place…Such a lovely place…”
. Bem, o que é certo é que contrariei a máxima de que “Nunca voltes ao local onde um dia foste feliz.” e, desde há 21, anos voltei às Caldas da Rainha para iniciar a minha vida profissional e para residir.
. Um beijinho a todos e um voto de que mantenham essa união...tão rara nos dias de hoje.
.
Fátima Clérigo

sexta-feira, 17 de julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Conheçam-se !

Não faço a menor ideia de que ano é esta foto.
Conheço aqui o Padre José Alves, lá no meio, e o Manuel Vaz Serra A foto é do album do Jorge Nogueira. Mas há muito mais Não se podem colocar todas ao mesmo tempo.

Panorâmica

Com 3 fotografias que o Nogueira me facultou fiz esta montagem As fotos trouxe-as de Pombal, do Jorge Nogueira Estão trocadas, mas levar a trocar, fazia-me fazer toda a digitalização de novo.

Um aqueduto monumental sobre o Rossio

O nosso António Mendes Nunes , cada vez mais parecido com o pai, o nosso saudoso professor Ten. Mendes Nunes, fez o favor de mandar-me a crónica que publicou hoje no iOnline. É com muito gosto e orgulho que a colo aqui:

Um aqueduto monumental sobre o Rossio

O miradouro de S. Pedro de Alcântara foi o local escolhido por António Costa para anteontem apresentar a sua recandidatura à C. M. de Lisboa, talvez por ser uma das mais belas vistas de Lisboa, desde o alto de Campolide, à esquerda, até ao Tejo, à direita, com o castelo em frente. Há pouco mais de um século era frequentado por senhoras da média burguesia, que nas tardes de domingo iam ouvir a música das bandas e 50 anos antes, por volta de 1850, não era difícil encontrar, no seu passeio diário, a imperatriz D. Amélia de Beauharnais, viúva de D. Pedro IV, apaixonada do jardim. Nessa altura já todos haviam esquecido a má fama do local, muito tempo monturo de todos os lixos, vazadouro de animais mortos e local de atracção de suicidas, que desde o início do século 19 se atiravam lá para baixo, para a ravina da Rua das Taipas, à média de 3 e 4 por semana, procurando um remédio definitivo para uma vida de misérias. Mas aquele terraço, aquela enorme muralha que dá para as Taipas, não nasceu para ser jardim, mas sim para acolher um enorme depósito das Águas Livres, o mesmo que depois acabou por ser a Mãe d'Água das Amoreiras. O projecto inicial, de 1729, traçado por Manuel da Maia, que previa um aqueduto semelhante ao que atravessa o vale de Alcântara para passar sobre o Rossio e ir até à Graça, foi abandonado em 1740, quando Custódio Vieira foi nomeado director da obra. O grande aqueduto sobre a Baixa da cidade nunca foi construído. Já imaginou como ele teria mudado a imagem de Lisboa? António Mendes Nunes Jornalista

P.S. A crónica do António pode ser lida no iOnline aqui: http://www.ionline.pt/conteudo/13323-um-aqueduto-no-rossio

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eu e o Nogueira

Fui visitar o Jorge Nogueira e o melhor que o meu marido conseguiu foi isto: Velhotes .......