terça-feira, 30 de junho de 2009
Fotos Jose Galvao
No estaleiro
domingo, 28 de junho de 2009
Blogue irmão Antigos Alunos - Externato Ramalho Ortigão, Caldas da Rainha
Do nosso blogue irmão "ex- alunos E.R.O" recebi via e-mail esta pérola assinada pelo nosso amigo JJ. O TINTIN deliciou-nos na juventude e contribuiu para a nossa formação, pelo que não posso deixar de reproduzir aqui no nosso blogue o trabalho do JJ. Nós temos entre os nossos participantes mais activos jornalistas profissionais e escritores inspirados(as) que bem podiam seguir o exemplo. O António Mendes Nunes, por exemplo, poderia dispensar uns minutos reproduzindo aqui os seus artigos no iOnline.pt, o João Facha alguns dos seus trabalhos na RTP. Fica o desafio...
TINTIN
As “histórias aos quadradinhos”, já aqui referidas no colorido texto do João Serra“Memória dos Livros”, constituíram para mim apenas uma etapa de passagem para a literatura e o gosto pela leitura. Os livros do Tintin terão sido a excepção, incentivada pela minha família ao comprar-me os álbuns de Hergé na sua língua original (ainda hoje os tenho), tentando assim estimular que eu lesse em francês. Fizeram o mesmo mais tarde com o Astérix, em relação à minha irmã. Dez anos depois o Inglês começaria a tornar-se a língua universal, a língua francesa perderia a sua importância, a capital cultural do mundo deixaria de ser Paris e estes esforços perderiam o seu sentido…
Tintin nasceu em 1929 (faz este ano oitenta anos, embora não pareça) celebrizando-se numa visita à URSS nesse ano, relatada em “Les Aventures de Tintin, reporter du “ Petit Vingtième", au pays des Soviets”. O grafismo tosco, com o desenho a preto e branco, é bem diferente do usado pelo autor nas aventuras posteriores que todos recordamos. A polémica sobre o tom panfletário e anti-soviético deste livro fez com que ficasse anos por reeditar e eu só o lesse depois de todos os outros.
. “Tintin au Congo” foi publicado em Portugal pelo “Papagaio” (revista dirigida por Adolfo Simões Muller), sob o título “Tintin em Angola” com o texto adaptado e os desenhos coloridos por artistas nacionais. Foi a primeira tradução de um livro de Hergé e também a primeira vez que o autor viu os seus desenhos a cores; gostou tanto que passaram a ser todos assim. Consta que ver Milou transformado numa cadela cor-de-rosa chamada Rom-Rom não lhe agradou tanto… Ambas as versões motivaram polémica, devido a acusações de racismo e colonialismo, com o autor a defender-se alegando ter retratado apenas uma realidade existente.
“Tintin en Amérique”, de 1932, só seria autorizado nos EUA em 1973, depois de algumas adaptações e cedências a uma política editorial racista que exigiu a substituição de alguns personagens negros por brancos.
Fomos com Tintin à Lua, muitos anos antes da aposta americana na concretização desse sonho, e ao fundo do mar em busca do tesouro de Rakham, o Vermelho (que, em Portugal, foi rebaptizado Rakham, o Terrível...). À América do Sul, onde conhecemos estéreis questiúnculas e cruéis ditadores, em retratos injustamente acusados de reaccionários, quando se limitavam a ser impiedosamente cínicos e realistas… Ao Médio Oriente, adivinhando já os problemas da dependência ocidental do petróleo, à Sildávia eBordúria, inventados por Hergé para mostrar os conflitos latentes na Europa Central e nos Balcãs, à Índia e à China, onde conhecemos o tráfico de drogas. Tentei situar geograficamente as vinte e quatro aventuras na lista que acompanha este post, espero que os “especialistas” a corrijam e aumentem.
Tintin nunca visitou Portugal, mas o vendedor ambulante português Oliveira da Figueira aparece em vários livros (não recordo exactamente quais), impingindo ao nosso herói montes de inutilidades, enquanto ele se gabava a Milou de não se deixar levar pela conversa do vendedor! . Lembro-me de me deixar seduzir pelo muito jovem “jornalista”, de idade indefinida, porque me dava a certeza que as aventuras me esperavam também a mim, amanhã, ao virar da esquina… Por outro lado era enorme o apelo e o fascínio por lugares exóticos, e a facilidade com que Tintin os calcorreava, numa altura da minha vida em que uma viagem anual a Trás-os-Montes ou ao Algarve era uma odisseia! Por ainda hoje me lembrar de tudo isto quis trazer aqui Tintin, Milou, Haddoc, Tournesol, Castafiore, Dupont e Dupond (que não são gémeos, como os nomes bem mostram) e tutti quanti nos álbuns de George Remi (R.G.) encheram de humor e aventuras a minha juventude.
Ponte do vale da Ursa
Foto em "família IVS"
Os que penso reconhecer: da esquerda da foto, fila de trás, 4º Biscaia (mais conhecido através das duas manas, Lócas e Mimi), 6º Serrano, 10º Rui (Congo Belga); fila do meio 3º Roque e é tudo. Onde estás Vitor?
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Batalhão de Alunos em marcha
Antigos alunos junto ao Pelourinho
terça-feira, 23 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Excursão ao Luso (1955?)
Versão correcta, resultante de contacto com o Vitor Carrilho e do comentário 20 de Junho de 2009 14:03 do António Mendes Nunes (14)
Os mergulhadores são o Vitor Carrilho (numa das fotos a mergulhar de costas) e o João Monsanto, que eram amigos inseparáveis no IVS. Eu também estou aí, mas já lá vamos.
O Vitor depois do 7ºano foi para a Escola Naval Marinha de Guerra, apos 4 anos desistiu e foi para a Marinha Mercante, fazendo o curso de Oficiais da Marinha Mercante, onde andou décadas a correr mundo. O João Monsanto, virtuoso pianista, foi para a Belas Artes e formou-se com nada menos de 20 valores, para fazer inveja ao grande amigo Marques Pedro, outro engenheiro.
Pormenor curioso, que revivi ao telefone com o Vitor: de Verão nós íamos para o Rio Zêzere e mergulhávamos da Ponte do Vale da Ursa, que segundo o António MN creio ser esta
Anúncio excelente
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Gil Marçal, Fernando Guimarães (Fané) e Carlos Cachulo
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Depositando uma coroa de flores no monumento comemorativo da Batalha do Buçaco
Vitor Carrilho & Companhia
domingo, 14 de junho de 2009
Ainda estou vivo. Um Bom domingo
sábado, 13 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
A fé de um genuino cowboy garoto!
Ann Frank faria hoje 80 anos
Do blogue Antigos Alunos - Externato Ramalho Ortigão recebi a notificação desta efeméride que, pela importância e significado que tem e também por ter marcado as nossas vidas nos anos 50, decido publicar com a devida vénia ao blogue irmão:
O DIÁRIO DE ANNE FRANK (São Caixinha)
"ESTOU TÃO FELIZ POR TE TER TRAZIDO COMIGO!"
12 de Junho de 2009
Se Anne Frank fosse viva, completaria hoje 80 anos. Infelizmente faleceu aos 15 anos de idade, de tifo e subnutrição, no campo de Bergen-Belsen, nos finais da Segunda Guerra Mundial.
Fazia parte de uma família judaico/alemã, que em 1933 se tinha refugiado na Holanda fugindo às perseguisões nazis. Não tiveram dificuldade em estabelecer-se em Amsterdão, onde o pai constituiu com sucesso algumas empresas, enquanto Anne e a sua irmã Margo frequentavam uma escola de ensino holandesa. A família Frank sentiu-se segura na Holanda, até esta ser invadida pelas tropas Alemãs a 10 de Maio de 1940. Também aqui foi então imposto o “Entjuding” de Hitler, significando que os Judeus deviam usar uma estrela, não podiam possuír empresas, e os seus filhos podiam apenas frequentar escolas Judaicas.
Como prenda dos 13 anos Anne recebeu um diário onde, com enorme entusiasmo, imediatamente começou a escrever.
12 de junho de 1942
“Eu espero que a ti tudo te possa confiar, como nunca a ninguém pude fazer, e espero que tu para mim possas vir a ser um grande apoio”
Poucos dias depois decidiu dirigir as folhas do seu diário a uma amiga imaginária a quem deu o nome de Kitty.
Dentro em breve Otto Frank (o pai de Anne), sentiria a urgência de encontrar um esconderijo para a família e, em segredo, com a ajuda de alguns amigos (V.Kugler, J.Kleiman, Bep e Miep Gies, que mais tarde, arriscando a vida, lhes forneceriam alimentos, notícias e livros) organizou a mudança para um anexo desabitado, situado nas traseiras do edifício onde ainda funcionava a empresa que lhe tinha pertencido. Outro casal, os van Pels com o seu filho Peter (por quem Anne se viria a apaixonar) e Fritz Pfeffer, vieram pouco depois juntar-se-lhes, partilhando assim durante 2 anos a pequena habitação.
As cartas que Anne escreve no diário referem-se exclusivamente a este período. O seu extraordinário espírito de observação permite-lhe analisar o comportamento dos companheiros do anexo, e com a mesma precisão, o seu próprio.
“Querida Kitty: Quando agora me ponho a pensar na minha vida de 1942, tudo me parece tão irreal. Essa vida era vivida por uma outra Anne, diferente desta que é agora, mais ajuizada (...) Talvez queiras perguntar-me como conseguia eu que todos gostassem de mim. O Peter diz que era “carisma” mas isso não é bem assim. Os professores achavam as minhas respostas astutas, as minhas observações humorísticas , a minha cara sorridente e o meu olhar crítico, divertido e engraçado. Não era mais que isso; uma terrível brincalhona, alegre e divertida. Mas tinha também algumas boas qualidades que me davam a garantia de não cair em desgraça: era trabalhadora, honesta e sincera. ”
Denotando uma maturidade precose e possuidora de um invulgar espírito de observação, Anne escreve frequentemente sobre os sacrifícios da vida do dia a dia, o isolamento, a esperança e o medo.
Querida Kitty: (...) Hoje à tardinha, quando a Elli estava aqui, tocaram a campaínha permanentemente e com força. Fiquei logo pálida, tive dores de barriga, palpitações e muito medo. De noite deitada na cama tenho visões terriveis. Vejo-me na prisão, sózinha, sem o meu pai e a minha mãe. Por vezes ando a vaguear por qualquer parte, não sei onde, ou vejo o anexo a arder, ou eles vêm, de noite, para nos buscar. Sinto tudo isto como se fosse realidade e a ideia de que me vai acontecer alguma catástrofe não me larga.
Na primavera de 1944 Anne ouviu o Ministro da Educação, Bolkenstein, na Rádio Orange, falando do exílio. Ele dizia que, depois da Guerra, todos os testemunhos do sofrimento do povo Holandês durante a ocupação Alemã, deveriam ser coleccionados e tornados públicos. Considerando esta hipótese, Anne decidiu que depois da Guerra publicaria um livro. O seu diário servir-lhe-ia de base.
Foi este livro que li quando tinha aproximadamente 15 anos, e que me impressionou até aos dias de hoje. A atracção foi instantânea. Era uma estória real, retratando insólitas circunstâncias de uma guerra que me era alheia, mas onde se tratavam também abertamente questões de adolescência, glórias e fraquezas, com as quais eu me identificava. Folhas de um diário que, como um espelho, me permitiam ver-me a mim própria! Pareceu-me até, de início que, também eu habitava uma espécie de anexo, onde igualmente me faltava a liberdade.
Em 1976 ao chegar á Holanda, e receando que a minha estadia pudesse ser apenas temporária, quis de imediato visitar o anexo. Foi uma insólita experiência. Reconheci os postais ilustrados que Anne colara nas paredes do seu quarto, ingénuo testemunho da sua presença, e surpreendi-me com o tamanho das divisões, que supunha maiores. Mas o mais notável era o cerrado silêncio que invadia tudo. Foi a casa mais vazia onde alguma vez estive. Encontrava-me entre as paredes que a protegeram e de onde, impiedosamente, foi arrancada e transportada para Westerbork, para Auschwitz, para Bergen-Belsen. Ali escreveu a última folha do diário, mas a sua estória continuou por tortuosas paragens. Uma inquietante tristeza apoderou-se de mim. O que é que se teria passado verdadeiramente nos campos de concentração? A lealdade que lhe devia, obrigou-me a que a acompanhasse nessa última viagem. Li sobre Auschwitz...sobre o horror daqueles dias, entorpecida de assombro. Que tremenda catástrofe para a humanidade!
Em retrospectiva, este período marcou o final da minha adolescência. Os meus sonhos de menina tornaram-se súbitamente insignificantes, perante as dimensões das questões que então se me punham. Era preciso reorganizar valores e criar novas directivas. E assim foi.
Nunca se chegou a apurar quem denunciou os habitantes do anexo. Anne Frank e os restantes habitantes, foram deportados para Auschwitz-Birkenau no último transporte que saíu de Westerbork a 3 de Setembro de 1944. Anne viveu ainda cerca de 7 meses em campos de concentração. Faleceu duas semanas antes de Bergen-Belsen ter sido libertado pelas tropas Inglesas.
Otto Frank foi o único sobrevivente dos habitantes do anexo. Faleceu a 19 de Agosto de 1980.
Miep Gies foi quem tomou a iniciativa de salvaguardar o diário. Quis o acaso que tivesse o privilégio de a conhecer, ao ser distinguida com a Ordem de Mérito Alemã em 1994. Completou este ano a 15 de Fevereiro, 100 anos de idade.
"Never a day goes by that I do not think of what happened then." (Fragmento do seu site)
O Diário de Anne Frank tornou-se um dos símbolos do Holocausto.
Fire and Ice
Some say the world will end in fire,
Some say in ice.
From what I tasted of desire
I hold with those who favour fire.
But if it had to perish twice,
I think I know enough of hate
To say that for destruction ice
Is also great
And would suffice.
Robert Lee Frost 1874-1963_______________________________________________________________C O M E N T Á R I O S.Isabel Esse disse...
O Holocausto e a crueldade que o envolveu estão para além da nossa capacidade de compreensão.Se pensarmos que se passou há relativamente pouco tempo e que envolveu crianças e meninas como Anne Frank torna-se ainda mais assustador e inexplicável.Bem escolhido este dia para este post e bem feita a ligação que a autora faz entre o livro e as suas consequências nela,um bom momento desta série.Isabel.farofia disse...
Junto-me à São Caixinha para celebrar o Happy Birthday de Anne Frank, inspiradora de gerações de jovens leitoras do seu «Diário».Obrigada, São, pela oportunidade que me dá de lembrar um dos livros da minha vida. Também ‘fui Anne Frank’ :) quando sonhei dizer como ela:«Sinto-me cada vez mais independente dos meus pais. Embora seja muito nova ainda, sei, no entanto, que tenho mais coragem de viver e um sentido de justiça mais apurado, mais seguro do que a minha mãe. Sei o que quero, tenho uma finalidade, uma opinião, tenho fé e amor. Deixem-me ser eu mesma e estarei satisfeita. Tenho consciência de ser mulher, uma mulher com força interior e com muita coragem.
Se Deus me deixar viver, hei-de ir mais longe de que a mãe. Não quero ficar insignificante. Quero conquistar o meu lugar no Mundo e trabalhar para a Humanidade.O que sei é que a coragem e a alegria são os factores mais importantes na vida!»(copio o texto em português de
Ao discutir a questão da missão da comissão nomeada para preparar as propostas sobre a Palestina, somos obrigados a pesar outro aspecto importante desta questão. Como sabemos, as aspirações de uma parte considerável do povo Judaico estão ligadas ao problema da Palestina e à sua futura administração. Este facto não precisa ser provado. Não pode surpreender-nos, portanto, que grande atenção tenha sido prestada a este aspecto da questão, tanto na Assembleia-Geral, como nas reuniões da Primeira Comissão. O interesse despertado por este aspecto é compreensível e completamente justificado.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Para Quem É o Blogue?
Recebemos de braços abertos Antigos Alunos e Professores, de todas as gerações. Venham partilhar connosco as vossas recordações, as vossas fotos ou vídeos, a vossa vida pós-IVS. A participação requer inscrição que podem obter enviando um e-mail para ex.alunos.ivs@gmail.com
A todos um caloroso abraço.
Nunca é demais esclarecer que o blogue é para TODAS AS GERAÇÕES de antigos alunos e professores, incluindo os antigos alunos e professores do actual Instituto Vaz Serra que quiserem dar-nos a honra de juntar-se aos antigos alunos e professores do velho Instituto Vaz Serra. Nem doutra maneira poderia ser, um
a vez que as gerações mais antigas, como a do Parentes Esteves, Lami Baptista, Fabre dos Reis, Carrasco Marques e a minha já viram partir muitos dos seus antigos companheiros, além de eles próprios terem entrado no crepúsculo da vida.
Uma boa parte do registo fotográfico no arquivo do blogue
já é posterior a 1960. Alguns exemplos:
Anúncio e Imposição da Faixada à Vencedora do Miss IVS 1960
As duas fotos seguintes são de 1960