domingo, 31 de janeiro de 2010

Gralha

Gralhas

A palavra “gralha” pode significar uma espécie de ave que faz imenso barulho mas não canta.

Chamamos “ gralha” a uma pessoa que fala muito, mas pouco se aproveita do que diz.

Pois bem, “ gralha” é o que as pessoas chamam a um erro que,por razões variadas, sai numa publicação e que passa a qualquer revisor, por mais atento que esteja.

Num dos Jornais “ Ecos do Mondego” saiu uma “ gralha”na receita da caldeirada à beira-rio, que alterou todo o sentido do texto. Dizia a receita que além do ruivo, safio, tomate,batatas, etc, etc, levava 12 Kg de berbigão ou ameijoa e 12 Kg de pão torrado. Convenhamos que seria demasiada quantidade em relação aos outros ingredientes.

Certo é que as pessoas comem bem quando em boa companhia ou local aprazível. Mas 12 Kg ........ seria demais .... Ao preço que as coisas estão ! ....

O que se escreveu era apenas 1,2 Kg de ameijoa e pão torrado.Quando da conversão de programas, os computadores suprimiram as respectivas virgulas.

As novas tecnologias são assim. Muito boas, significam progresso, mas também erram. E foi o caso. Acontece....

Passou na revisão que se fez e como o primeiro tratamento gráfico é da minha responsabilidade, daqui peço desculpa pela dita “ gralha”.

Pessoa amiga de longa data, e a quem envio, pontualmente o jornal, encontrou-me na esplanada de um café, onde calmamente bebia uma “bica”, e falámos das cheias do Mondego, dos lamigueiros que se encontram em vias de extinção como muitas outras espécies, noutros locais do planeta.

Falámos dos “ Ecos do Mondego”, como não podia deixar de ser. E, claro, falámos da “ gralha” que alterou todo o sentido da receita, mas também chegámos à conclusão que facilmente se dava pelo erro.

Falámos durante muito tempo. Desfiámos recordações, como sempre fazemos quando nos encontramos. Então contou-me que, havendo uma festa na aldeia, foi assistir a um concerto dado por uma Banda Filarmónica.

O palco enfeitado com fitinhas de papel abanavam ao vento.Ouviam-se os acordes da referida Banda numa “ arruada” visitando os mordomos, convidando a população depois do jantar.

O recinto bem composto de gente que vendia farturas, algodão doce chupa-chupas. Havia lá ao fundo a barraquinha das rifas, vulgarmente conhecidas por quermesse, onde sai sempre prémio: canecas, vasos de flores, caixinhas de madeira, etc, etc.

Os músicos apresentavam-se impecavelmente vestidos. Lá bem no meio, estava um que dava nas vistas. Impertigado, na sua farda azul, camisa branca e boné a esconder o cabelo cheio de gel. Bem arrumados no palco. Sentados em cadeiras mais ou menos cómodas começou o concerto.

O mestre deu o sinal e todos afinados tocaram músicas bem conhecidas.

O público aplaudia. O rapaz impertigado e cabelo cheio de gel ia espreitando, a ver, se alguém dava pela sua presença. É que se aprumara mais que nos outros dias. Podemos dizer que estava vaidoso, muito vaidoso, do seu saxofone, negro e botões amarelos a luzir, ainda novinho em folha. A luzir.

Mais uma música. Tudo em ordem. Um abanar de ombros ajeitando a farda e o instrumento. Mais uns acordes. O mestre confiante nos seus músicos sorria. E é aqui que se ouve um som agudo, prolongado e enquanto todos iam no dó, o rapaz ainda tocava ré.

O mestre olhou, franziu o sobrolho, coçou a cabeça e a música lá seguiu, mas aquela “ fífia”.....

O rapaz corou. Olhou à volta, coçou um olho e seguiu, mas ficou a pensar. Ele que estudara tão bem a lição, que não desafinava nunca .....

Veio mais tarde a saber, o meu amigo, que o rapazinho do saxofone preto, de tão presunçoso, não levava para os concertos, as pautas sujas ou amachucadas.

Na véspera, quando mais uma vez ensaiou, viu que as pautas não estavam impecavelmente limpas e a seu gosto.

Foi ao quiosque e fotocopiou -as. Agora estavam limpinhas .....

O que ele não viu foi que, junto a uma seminima uma mosca tinha poisado e sem cerimónias colocou ali à frente da nota musical uma “ bolinha” redonda que a fotocopiadora copiou na íntegra aumentando assim o valor da nota musical provocando a tal “ fífia”

O músico, sem se aperceber tocava o “ cócó” da mosca julgando ser um ponto posto lá no lugar certo, desafinando a música, prolongando o som por mais algum tempo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Lugar Cativo

Por volta de 1551 Lisboa tinha 100 mil habitantes, dos quais praticamente 10 mil eram escravos, na sua maioria negros vindos de Angola. À medida que iam chegando, para se ocuparem das tarefas mais mesquinhas, outros tantos portugueses miseráveis, fartos da fome e dessas tarefas mesquinhas, partiam para a Índia e para o Brasil, à procura de melhor vida, quase sempre sem grande êxito. E que faziam os escravos na capital? Apenas essas tarefas degradantes e violentas que mais ninguém queria? Não. Uma boa parte trabalhava nas casas de família como cozinheiros, na limpeza da casa, indo às compras ao mercado, a tratar dos meninos. Alguns mais sortudos acabavam por se tornar parte da família, e há muitos casos de rebentos mulatos, alguns perfilhados, enobrecidos e até tornados fidalgos, como Cristóvão Zuzarte, comandante de uma armada nos Açores.Não era invulgar os escravos, homens e mulheres, serem contemplados nos testamentos dos seus donos com heranças; por vezes até se oferecia a sua liberdade. Havia outros que, entregando-se a pequenos negócios, com a autorização dos seus proprietários, conseguiam comprá-la. No entanto, a esmagadora maioria desta gente tinha uma vida insuportável; não havia qualquer respeito por eles, nem dos mais humildes. Veja-se esta notícia do dia 29 de Julho de 1740: "Hontem hindo huma preta junto à cruz de Cataquefarás (o início da Rua de S. Paulo) com um vazo de imundicia humana a lançar na praya, se lhe meteu o fundo dentro, ficando-lhe metido atè aos hombros com cabeça, boca e olhos cheyos de imundicia, o que cauzou tanto rizo na plebe, que pareceu huma tarde de touros." . por António Mendes Nunes, Publicado em 27 de Janeiro de 2010 Editor de opinião

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Vale da Urssa

Podemos ver nesta fotografia três "figurões", alguém consegue identificá-los?
Ficamos a aguardar....

domingo, 24 de janeiro de 2010

Taj Mahal

De um e-mail recebido do nosso prof. Ferreira de Lerena surgiu-me a ideia de publicar isto:
Umas das 7 maravilhas do mundo, praticamente todos já o viram em inúmeras fotografias, mas o que poucos sabem, é a história que ao amor e representa toda a eloquência que este sentimento pode ser. Durante séculos, o Taj Mahal inspirou poetas, pintores e músicos que tentaram capturar a sua magia em palavras, cores e música. Viajantes cruzaram continentes inteiros para ver esta esplendorosa beleza, sendo poucos os que lhe ficaram indiferentes.
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Como todas as histórias, esta também começa da mesma maneira... Era uma vez um príncipe chamado Kurram que se enamorou por uma princesa aos 15 anos de idade.
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Reza a história que se cruzaram acidentalmente mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre. Após uma espera de 5 anos, durante os quais não se puderam ver uma única vez, a cerimónia do casamento teve lugar do ano de 1612, na qual o imperador a rebaptizou de Mumtaz Mahal ou "A eleita do palácio". O Príncipe, foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan, "O Rei do mundo" e governou em paz. Quis o destino que Mumtaz não fosse rainha por muito tempo. Ao dar à luz o 14º filho de Shah Jahan, morreu aos aos 39 anos em 1631. O Imperador ficou tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo crónicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha durante 2 anos. Durante esse período, não houve musica, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino. Shah Jahan ordenou então que fosse construído um monumento sem igual, para que o mundo jamais pudesse esquecer. Não se sabe ao certo quem foi o arquitecto, mas reuniram-se em Agra as maiores riquezas do mundo.
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O mármore fino e branco das pedreiras locais, Jade e cristal da China, Turquesa do Tibet, Lapis Lazulis do Afeganistão, Ágatas do Yemen, Safiras do Ceilão, Ametistas da Pérsia, Corais da Arábia Saudita, Quartzo dos Himalaias, Ambar do Oceano Índico. Surge assim o Taj Mahal.
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O seu nome é uma variação curta de Mumtaz Mahal.. o nome da mulher cuja a memória preserva. O nome "Taj", é de origem Persa, que significa Coroa. "Mahal" é arábico e significa lugar.
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Devidamente enquadrado num jardim simétrico, tipicamente muçulmano, dividido em quadrados iguais cruzado por um canal ladeado de ciprestes onde se reflecte a sua imagem mais imponente. Por dentro, o mausoléu é também impressionante e deslumbrante.
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Na penumbra, a câmara mortuária está rodeada por finas paredes de mármore incrustado com pedras preciosas que forma uma cortina de milhares de cores. A sonoridade do interior, amplo e elevado é triste e misterioso, como um eco que soa e ressoa sem nunca se deter. Sobre o edifício surge uma cúpula esplendorosa, que é a coroa do Taj Mahal. Esta é rodeada por quatro cúpulas mais pequenas, e nos extremos da plataforma sobressaem quatro torres que foram construídas com uma pequena inclinação, para que em caso de desabamento, nunca caiam sobre o edifício principal. Os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos de pedras semi preciosas incrustadas no mármore branco, segundo uma técnica Italiana utilizada pelos artesãos hindus. Estas incrustações eram feitas com tamanha precisão que as juntas somente se distinguem à lupa.
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Uma flor de apenas sete centímetros quadrados, pode ter até 60 incrustações distintas. O rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço. Diz-se que o imperador Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore preto, que seria posteriormente unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Tal empreendimento nunca chegou a ser levado a cabo. Após perder o poder, o imperador foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte. O Taj Mahal foi, por fim, o refúgio eterno de Shah Jahan e Mumtaz Mahal. Posteriormente, o imperador foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do Taj Mahal. Após quase quatro séculos, milhões de visitantes continuam a reter a sua aura romântica... o Taj Mahal, será para todo o sempre um lágrima solitária no tempo.
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Brandos Costumes

Com mais de 250 mil habitantes, a maioria amontoados em casas sem condições, construídas em vielas tortuosas e sujas, a Lisboa de 1700, ainda espartilhada pela velha muralha Fernandina, era uma cidade insegura e violenta, como nos contam os relatos da época e como demos conta na crónica da semana passada. Os pedidos de ajuda eram constantes mas as respostas não pareciam ser eficazes. Luiz Montez Mattoso, na folha semanal que publicou entre 1740 e 1745 dá-nos conta que o reforço da polícia era ineficaz porque os meliantes e ladrões sabiam bem como lhe fugir e nem a dureza das penas os afastava dos seus actos. Isto, porque só uma ínfima parte dos meliantes eram apanhados, recaindo neles a fúria dos tribunais, escapando a maioria a qualquer castigo. E que castigos eram esses? A pena de morte, quase sempre. No jornal do dia 29 de Outubro de 1740 noticia-se, sem grandes pormenores, que três homens “tinham sofrido morte natural na forca da Ribeira e mais três estavam aguardando a mesma sorte, por terem furtado uns galões de ouro e prata numa loja da Rua Nova”. Castigo violento? Sim, para os nossos padrões actuais, mas brando segundo os da época. Como se pode ler em “Principais Notícias dos Desacatos” da autoria de Frei João de S. Boaventura, publicado em Lisboa em 1825, os roubos nas igrejas e, sobretudo, as profanações dos sacrários eram punidos ainda mais violentamente. E dá-nos notícias de vários casos em que os ladrões eram arrastados pelas ruas até ao local do crime, as mãos eram-lhes cortadas e queimadas à sua vista e depois eram eles próprios queimados e as cinzas lançadas ao Tejo. António Mendes Nunes - Editor de Opinião . Publicado no Jornal i, em 20 de Janeiro de 2010

Conceito de família

Penso que estamos a perder o conceito de família, o que é triste. Não resisto a partilhar com todos os nossos colegas que viveram na época em que o pai, a mãe e os irmão iam visitar o filho mais velho que estudava num colégio interno. Muito provavelmente daqui a algum tempo irão "dois" pais "ou duas" mães "fazer essa visita.
Este recorte foi-me enviado pelo Professor Ferreira Lerena, a quem agradeço a atenção que me tem dispensado, repartindo comigo assuntos espectaculares de todos os géneros.
Um grande abraço para si, Professor.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quem é ? Adivinhem !!!

domingo, 17 de janeiro de 2010

“ Fagarra ou Ganfarra “ ?

Ti Zefa era a mulher que na aldeia “ aparava” os bébés que nasciam.

Como não havia hospital ou maternidade por perto, fosse rica ou pobre, todas as mulheres recorriam às mãos hábeis e curiosas da Ti Zefa.

Claro que não havendo sequer os cuidados mínimos de higiene todos , ou quase todos, nasciam sem mazelas, pelo menos visíveis.

Fosse a que horas fosse, estivesse na cama ou no trabalho do campo, havia sempre um marido aflito a gritar por ela:

__ Venha depressa que a mulher já está com as dores Não se demore !

E lá ia ela ligeirinha a “ atender” a parturiente.

Lavava as mãos à pressa e com a mesma pressa chegava.

E tudo começava

O marido ficava à porta, do lado de fora. Podia ser preciso alguma coisa.

Ele tinha parte passiva na questão.” Aquilo” era coisa de mulheres. Ficava perto do quarto sentado a ouvir e quando o primeiro choro do bébé soava, alegrava-se e suspirava de alívio. Pronto ! Já está !

A Ti Zefa, acabado o serviço, era agora a sua vez de uma “ pinguinha” para acalmar. E se ela gostava ......

Sentava-se numa cadeira junto à cama da comadre e ficava a olhar embevecida, o bébé que dormia junto à mãe.

É que todas as mães da aldeia lhe transmitiam o estatuto de Comadre por lhes ter “ aparado “ os filhos Isto é lhes ter feito o parto. Era a única entendida por aqueles lados. Tinha muitas comadres, por isso.

Para companhia de boas petiscadas era a comadre Marquinhas.

Cozinheira de profissão. Companheira e comadre de bebida. Tambem ela gostava, e muito ........

Cara redonda, vermelha, com algumas borbulhas. Sinais evidentes de quem bebia bem.

Um antigo governante português dizia que “ beber um copo de vinho era dar de comer a um milhão de portugueses “

Não deixavam créditos por mãos alheias. Bebiam bem até fartar !

A Senhora Marquinhas era chamada para os casamentos e batizados. Uns dias antes da boda ia a casa dos pais da noiva ou do noivo, conforme o caso e “ atacava” logo com um copo de tinto. Depois de ajudar a matar o porco ou os carneiros iam mais uns quantos para aquecer.

As receitas dos cozinhados do casamento já se faziam por intuição A comida chegava sempre.

Os convidados na sua maioria, gente do campo, tinham uma refeição melhorada. Era dia de festa e os pais dos noivos não olhavam a despesas Era em tudo um dia especial Havia que disponibilizar o melhor tanto para a boda como para a cozinheira. Mais filhos para casar e esta cozinheira a saber os “ preceitos” todos. Vinho com fartura e a Comadre Marquinhas já ficava contente.

Quando as duas se juntavam era uma festa.

Domingo à tarde na aldeia. Ninguém por perto e lá iam as duas até à taberna do Ti Xico Sapateiro. Conversavam e contavam as desgraças da vida. Ambas viúvas de muitos anos. Uma o filho não dava notícias há muitos anos A outra porque a filha se casou para longe e raramente vinha ver a mãe. O genro também não era “ grande coisa “

As duas desfiavam um rosário de tristezas que se iam avolumando conforme o vinho ia diminuindo dentro da garrafa. O taberneiro ia enchendo de tinto .... E elas iam bebendo .......

E conversavam ..... e bebiam ........ e mais um copo ...... mais uma gargalhada ......

As faces já vermelhas mostravam bem o resultado de uma tarde de conversa e bebida .

Já noite fechada, Ti Zefa olha para a rua por entre a porta entreaberta. Vê que já é noite fechada . Olha para a garrafa vazia , vira-se para a comadre e comenta:

__” Oh Comadre ! Como nós "estemos". Já chama fagarra a uma ganfarra “!!!!!!!

Natércia Martins

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Notícias fresquinhas

"LISBOA É UMA CIDADE em que cada vez é mais difícil sair à noite sem que se seja incomodado. Aliás, os ladrões já atacam os pacatos transeuntes em plena luz do dia sem que a justiça consiga travar os seus desacatos e insolências. Ainda ontem, terça-feira, 12 de Janeiro, já noite cerrada, dois ladrões tocaram à porta do secretário da paróquia de S. Nicolau e quando este, confiando numa falsa certidão de um médico, lhes abriu a porta, estes encostaram-lhe duas pistolas ao peito, amordaçaram-no e ensacaram tudo o que puderam." Qualquer tablóide poderia ter escrito, ontem, qualquer coisa assim, mas estas notícias são de 12 de Janeiro de 1740, de há 270 anos, portanto. O "Folheto de Lisboa", uma publicação semanal manuscrita que se publicou em 1740, redigida pelo padre Luiz Montez Mattozo, clérigo em Santarém, dá-nos o retrato de uma cidade violenta, contando desacatos provocados por gatunos, mas também por pessoas da melhor sociedade. É assim que ficamos a saber que dois juízes desembargadores, numa quinta-feira, 11 de Agosto, se pegaram violentamente dentro do tribunal e enquanto um brandia um punhal o outro atirou-lhe com um tinteiro à cabeça. Mas a notícia mais curiosa é de 25 de Julho, que transcrevemos com a grafia actualizada: "Neste dia travando-se de razões duas mulheres vendedeiras de pão no Terreiro [do Paço], foi tal o excesso da decomposição de uma mais gorda e prezada de valente, que pegando da rasoira, levantou as saias à sua contrária e lha meteu nas partes pudendas." Por António Mendes Nunes, Editor de opinião do Jornal i, Escreve à quarta-feira

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Novo Plano PPR

Nunca os robalos valeram tanto... Adira Já! Salvaguarde o seu futuro!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Simplesmente espectacular!!!

Com vénia ao Prof. Ferreira de Lerena

Memórias da Lucília

Da nossa amiga e antiga aluna Lucília recebi o seguinte e-mail:
Date: 01/10/10 02:06:10
Subject: FOTOS,

SERGIO aqui vão duas fotos dos nossos tempos: uma é a caminho da serra da Santa Maria Madalena no dia da festa, a outra é um passeio. Por agora é as que encontrei, espero reconhecam todos são recordaçooes da LUCILIA.

A caminho da serra da Santa Maria Madalena no dia da festa

(A Lucília em primeiro plano, segunda à direita)

Passeio

Peço à Lucília o favor de tentar identificar as colegas.

Em tempo: Acho que já identifiquei algumas das meninas. Vamos, gente, identifiquem as outras!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Como os Judeus portugueses preservaram a sua identidade genética?

Como os Judeus portugueses preservaram a sua identidade genética? Por Cnaan Liphshiz
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Uma análise genética dos Criptojudeus Portugueses do Norte do país rendeu recentemente uma descoberta misteriosa: Expôs uma comunidade Judaica isolada que preservou de algum modo sua identidade genética durante séculos ao evitar a mistura de sangue que ocorre geralmente em tais situações. Agora os cientistas estão a tentar perceber como estes Judeus conseguiram ultrapassar uma circunstância que preocupa as comunidades Judaicas pequenas, as mais fechadas do mundo. O novo estudo por investigadores das universidades do Porto e de Coimbra mostrou que os Judeus da área de Bragança estão geneticamente mais próximos dos Judeus do Médio Oriente do que dos outros portugueses circunvizinhos - mesmo após viverem ali durante mais de 500 anos. Isto emergiu de uma análise do cromossoma Y, que é passado exclusivamente de pai para filho com recombinação negligente.
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Esta aproximação genética foi também foi observada nos Judeus Belmonte, uma cidade pequena situada a uns 200 quilómetros ao sul de Bragança. Entretanto, a análise genética dos Judeus de Belmonte mostrou uma quebra dramática na diversidade genética, indicativa de mistura de sangue. Isto é normal em comunidades isoladas, simplesmente porque menos material genético é introduzido em cada geração. “Todos os pares de pequenos genes tendem a perder a diversidade, mas as comunidades da área de Bragança conseguiram manter uma diversidade muito elevada, com uma incorporação de genes não-Judaicos relativamente pequena,” disse o professor António Amorim, um medico genesticista da universidade do Porto que executou a pesquisa. A pesquisa recentemente publicada pela equipa de cientistas do doutor Amorim examinou a linhagem paternal de 57 homens de origem não relacionada aos Judeus de origem Judaica confirmada radicados ao redor de Bragança. A comunidade de Bragança é estimada em cerca de 100 pessoas, no máximo. Foi encontrada um diversidade elevada de linhagem, aos níveis de “haplotype” e “haplogroup” (98.74 e 82.83%, respectivamente), demonstrando a ausência de um acentuado desvio genético, dita a pesquisa. É a primeira vez que a composição genética dos Judeus Portugueses do Norte é analisada. “Os resultados surpreenderam-me,” disse Amorim ao Haaretz referindo-se ao estudo da sua equipa, publicado há algumas semanas no no jornal americano de Antropologia Física. “A minha surpresa é dupla,” acrescentou, referindo-se ao baixo nível de contaminação por mistura de sangue e à preservação de genes Judaicos. “Estes resultados podem somente ser explicados assumindo que a eficácia do pequeno grupo da população é muito maior do que parece à primeira vista,” concluiu Amorim, “e/ou que existe uma estratégia reprodutiva que minimiza a perda da linhagem masculina, mas que não evita totalmente a contaminação masculina por não-Judeus.”
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A equipa de investigadores disse que “uma investigação mais profunda e mais detalhada é necessária para esclarecer como estas comunidades evitaram a mistura previsível durante cerca de quatro séculos do repressão religiosa.” Estamos ainda à espera das análises das linhagens maternais”, acrescentou Amorim.
*** Os Judeus estão radicados nas cidades inóspitas e isoladas em torno de Bragança desde 1187, mas a maioria radicou-se ali após o Decreto da Expulsão dos Judeus de Espanha de 1492 ou durante a Inquisição espanhola. Os Judeus foram autorizados a ficar Portugal, sob a condição de converterem-se ao Cristianismo, mas comunidades inteiras continuaram a praticar o Judaísmo em segredo, tornando-se Criptojudeus. Os indivíduos alvos do estudo pertencem a estas famílias. Portugal actualmente está a ver o regresso ao Judaísmo de milhares de portugueses que acreditam serem descendentes de Criptojudeus. Estes portugueses contam com a assistência de organização Shavei Israel, baseada em Jerusalém, chefiada pelo americano ali residente Michael Freund. “Este estudo demonstra a extensão a que os Judeus Portugueses foram submetidos pela força para se converterem ao Cristianismo há mais de 5 séculos e a sua perseverança interior para preservar o Judaísmo através de gerações, “ disse Michael Freund. “Fizeram esforços heróicos para reter a sua identidade Judaica em segredo, e muitos deles apenas casaram entre si, como indica o estudo,” finalizou.
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Artigo original em língua inglesa pode ser lido aqui
- http://www.haaretz.com/hasen/spages/1141335.html

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Portugal

Meu querido Afonso, Ou Afonsinho, como eu te chamava no tempo em que te educava junto às margens do rio Douro, quando foi do milagre. Eras tão pequenino e enfezadinho. Afonsinho, em que estavas a pensar quando mais tarde te zangaste com o teu Tio e fundaste Portugal? Olha só no que deu essa tua travessura: · No exame final de 12º ano, és apanhado a copiar, chumbas o ano; o primeiro-ministro fez o exame de inglês técnico em casa, mandou por fax e é engenheiro. · Uma adolescente de 16 anos pode fazer livremente um aborto, mas não pode pôr um 'piercing' (um prego nas trombas, mas em inglês diz-se assim) . · Um jovem de 18 anos recebe 200 € do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma 236 € depois de toda uma vida de trabalho. · Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco. O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro. · Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas existe 1 polícia para cada 2.000 habitantes; o Governo diz que não precisa de mais polícias. · Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa é das causas sociais. · O café da esquina fechou porque não tinha WC para homens, mulheres e empregados. No Forum Montijo, o WC da Pizza Hut fica a 100mts e não tem local para lavar as mãos. · O governo incentiva as pessoas a procurarem energias alternativas ao petróleo e depois multa quem coloca óleo vegetal nos carros, porque não paga ISP (Imposto sobre produtos petrolíferos). · Nas prisões, são distribuídas gratuitamente seringas por causa do HIV, mas é proibido consumir droga nas prisões! · Um jovem de 14 anos mata um adulto, não tem idade para ir a tribunal. Um jovem de 15 leva um chapada do pai, por ter roubado dinheiro para droga, é violência doméstica! · A uma família a quem a casa ruiu e não tem dinheiro para comprar outra, o estado não tem dinheiro para fazer uma nova, tem de viver conforme pode. 6 presos que mataram e violaram idosos vivem numa cela de 4 e sem wc privado, não estão a viver condignamente e aí a associação de direitos humanos faz queixa ao tribunal europeu. · Aos militares que combateram em África, a mando do governo da época, na defesa do território nacional não lhes é reconhecido nenhuma causa nem direito de guerra, mas o primeiro-ministro elogia as tropas que estão em defesa das Pátrias do KOSOVO, AFEGANISTÃO E IRAQUE, não da Pátria que fundaste. · Começas a descontar em Janeiro o IRS e só vais receber o excesso em Agosto do ano que vem; não pagas às finanças a tempo e horas, passado um dia, já estás a pagar juros. · Fechas a janela da tua varanda e estás a fazer uma obra ilegal. Constrói-se um bairro de lata e ninguém vê. · Se o teu filho não tem cabeça para a escola e com 14 anos o pões a trabalhar contigo num ofício respeitável, é exploração de trabalho infantil. Se és artista e o teu filho com 7 anos participa em gravações de telenovelas 8 horas por dia ou mais, a criança tem muito talento, sai ao pai ou à mãe! · Numa farmácia pagas 0.50€ por uma seringa que se usa para dar um medicamento a uma criança. Se fosses drogado, não pagavas nada! · Afonsinho, de novo te pergunto e por favor responde-me: em que estavas a pensar quando fundaste Portugal? Carago, foi uma diarreia mental que tiveste, confessa lá que foi! Agora todos estão desiludidos. Já te falarei um dia na corrupção. O Gonçalo Mendes da Maia que tu tanto criticavas por querer tudo, era um ingénuo, não era nada ao lado desta gangada, nossos descendentes. Se vires a senhora tua Mãe, dá-lhe recados. Um beijo do teu servidor sempre fiel, Egas Moniz

O fim da civilização está a chegar

Clica no URL

Cirque du soleil

Recebido do prof. Ferreira de Lerena
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Vale a pena ver
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Cirque du soleil
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Clicar na URL http://www.cirquedusoleil.com/en/shows/o/resources/promo-boxes/view-trailer/o-trailer.aspx

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Vamos ao Zoo?

Por uma reportagem publicada no i há cerca de dois meses ficámos a saber que o Jardim Zoológico de Lisboa está bem e se recomenda como um dos melhores do mundo. A ideia da sua construção surgiu em 1882, por iniciativa de dois médicos, Van der Laan, holandês vindo para o país a convite de D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II, e de Sousa Martins, hoje venerado como santo e milagreiro, com flores e velas na sua estátua ao Campo de Santana. Reuniram-se fundos e o jardim foi inaugurado a 28 de Maio de 1884, num terreno emprestado pelos seus proprietários, mais ou menos onde hoje estão os jardins da Gulbenkian. Houve uma enchente de visitantes nesse ano para ver os 266 mamíferos, 813 aves e 48 répteis em exposição, mas a falta de novidades e a pouca população flutuante da Lisboa do final de oitocentos fez diminuir a afluência e o zoo entrou em crise. Os animais tiveram de ser mudados para um terreno alugado, muito árido, onde hoje está a Praça de Espanha. Quase sem visitantes tudo parecia perdido. Foi então que surgiu a solução da Quinta das Laranjeiras, um espaço que havia sido a quinta de veraneio do conde de Farrobo e onde se deram as mais brilhantes festas de Lisboa no século XIX. O Jardim Zoológico de Lisboa não mais parou de crescer, inclusivamente com a compra de mais quintas contíguas. A entrada que se fazia pela original Quinta das Laranjeiras passou a fazer-se pelo Largo de Sete Rios, inaugurada (projecto do Arquitecto Raul Lino) em 1960. Publicada por António Mendes Nunes, Editor de opinião, no jornal i. Escreve à quarta-feira

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

JARDIM DO SEMINÁRIO

Hoje mostro mais uma fotografia com alguns anitos e foi feita no jardim do seminário. Já lá vão mais de cinquenta anos que o MAX (Manuel Alexandre Xavier), um portugues de Macau, vinha todos os anos passar alguns dias de ferias a Cernache e registava na sua Canon estas belas fotos que hoje nos fazem recordar a nossa infância, e adolescência.
Da esquerda para a direita: Garcez, Lucília, Toni Matias, Guida Matias e Max.
Um grande abraço

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Recordações da Desportiva de Figueiró dos Vinhos

1935... Dois personagens dos que você (Fabres) falou estão nesta foto. O Rogério e o Jorge Telhada. O resto da turma você reconhecerá? Me informa se o Furtado é o (Carlos). Quem é o Armando? O Rocha é o irmão do João (Rocha)? O Fernando Carreira de Sá, esse exímio bilharista, ainda é campeão? Nesta minha idade aqui no Brasil, eu sou. Nesta segunda foto está o Fernando Esteves (ao lado do Manuel da Amélia). Tenho saudades desse moço, nunca mais o vi. Fomos companheiros de muitas brincadeiras. Os outros, se você não souber os nomes, depois mando dizer quem são eles todos. Mas o interessante é a expectativa!
Dos meus irmãos, se te lembrares, tinha Fernando, Luís (com 82 anos), Manuel (vivendo em Figueiró), Henrique, Saul (eu) e Maria Alice. Já faleceram o Fernando e o Henrique aqui na cidade de Campina Grande no estado da Paraíba. Gostaria de estar presente na caldeirada de enguias e tomar um "tintinho". Despeço-me com amizade e até uma próxima oportunidade... JOSÉ SAUL.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Caro Saul Boa memória. o nome está quase correcto:António Constâncio Ruivo Fabre dos Reis.Nasci também no ano 35 do seculo passado.Casei, tive duas filhas gemeas,mas uma faleceu há fez anos assim como a minha mulher.Vivo no Alentejo, em Vila Nova de Santo André.Há dias fui cumprimentado por um Figueiroense que já não via há mais de 50 anos;o Fernando Esteves que morava no Areal...Esteve em Moçambique foi retornado e agora vive em Setúbal. Os meus Pais já partiram. Com a minha irmã estou frequentemente, vive em Almada. Com a malta de Figueiró estou muitas vezes. Para a semana vamos ter uma almoçarada de enguias aqui na Lagoa de Santo André; o Sá, Rogério, Furtado, Rocha, Telhada e Armando. Dá notícias... Um Abração António Fabre dos Reis

sábado, 2 de janeiro de 2010

Feliz Ano Novo

Recebido da Natércia, acho é de publicar! Obrigado Natércia!

Foram muitas as ocasiões em que eu... Perturbei?... Arranjei problemas?... Chateei?... Irritei?... Disse disparates?... Impliquei?... Fiz rir com e-mails parvos?... Entupi a tua caixa do correio?...

Então hoje quero dizer-te que...

CONTO CONTINUAR A FAZÊ-LO EM 2010!!!

BOM ANO DE 2010 PARA TODOS.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Na subida do Regional para a 2ª divisão do Nacional

Estas fotos têm muitos personagens em diversas posições. Podem ser conhecidas pois são muitos alunos do IVS. É uma confraternização da subida do Regional para a 2ª divisão do Nacional.
Local: Campo de futebol Nuno Álvares (Cernache do Bonjardim, Portugal).