Do Jornal I
A Real Barraca
por António Mendes Nunes, Publicado em 24 de Março de 2010
D. JOÃO V quis construir um palácio à imagem de Versalhes, fora de portas e com um parque enorme, onde se pudesse caçar. Em 1726 comprou três quintas no Restelo: a de Baixo, onde está hoje o Palácio de Belém, o Jardim do Ultramar e os bairros novos do Restelo; a Quinta do Meio, que ia mais ou menos até onde hoje está o muro do Jardim Botânico da Ajuda; e a Quinta de Cima, que ocupa o espaço do Palácio da Ajuda, o Jardim Botânico, o cemitério e o local onde foi construído o bairro do Alto da Ajuda.
O primeiro palácio a surgir, razoavelmente modesto, pouco mais do que um acrescento na casa de campo do conde de Aveiras, D. João da Silva Tello de Meneses (a quem D. João V comprara a propriedade), foi o de Belém.
Foi posteriormente construído um outro, na Quinta de Cima (comprada ao Conde de Óbidos), onde hoje estão instalações da PSP e que com a cerca e os jardins ocupava sensivelmente o espaço hoje delimitado pela Travessa da Memória, Rua do General João Almeida e Rua João de Castilho. Com o Terramoto de 1755 e a destruição do Paço da Ribeira, no Terreiro do Paço, D. José acolheu-se com a corte e a criadagem ao alto da Ajuda, onde os estragos haviam sido de pouca monta, passando a morar aí, numa construção de madeira que passou à história com o nome de Real Barraca, ricamente decorada com tapetes e pinturas, mas uma barraca. O rei, traumatizado com o Terramoto, jurou que nunca mais haveria de dormir sob tecto de estuque. Jurou e cumpriu, tendo aí morrido em 1777.
Editor de opinião
Escreve à quarta-feira
5 comentários:
Estavas a fazer falta.
Estou em S. Pedro do Sul, nas termas.
A Natércia é que tem razão, estavas a fazer-nos falta a nós e as termas estavam a fazer-lhe falta a ela. Os ossitos já não são os mesmos!
Satisfeitas estão as necessidades da Natércia e do António G, a que me associo. Estas crónicas do António MN são sempre bem-vindas e delas muito se aprende. A idade da aprendizagem, quanto a mim, só expira connosco...
Um grande abraço ao António MN e que as musas jornalisticas não deixem de inspirá-lo para nosso gáudio intelectual.
Já agora quero perguntar ao SERGIO porque não consigo enviar-lhe mails
há uma semana para cá, são todos "devolvidos".
Deves ter a caixa do correio cheia.
Boa Páscoa e um abraço
Olha, António G, gostaria de poder dizer-te porque te são devolvidos os e-mails que me mandas, mas não sei. Há mais gente a queixar-se. O facto é que estou a receber e-mails teus, ainda que o sistema te diga que não. O mesmo acontece com os outros que se queixam. Tanto quanto apurei, o Windows Live Mail criou uma caixa de correio para o meu endereço sergio.lopesxxi@gmail.com onde acumula os mails que me são mandados para este endereço e eu nem sempre consigo aceder-lhe para os apagar. A última vez que consegui tinha lá quase 2 milhares! Vou ver se este fim-de-semana resolvo o problema, desactivando a caixa de correio Windows Live Mail, se disso for capaz.
Boa Páscoa.
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