Avenidas Novas
por António Mendes Nunes, Publicado em 22 de Julho de 2009 no jornal i
Em meados do século XIX Lisboa "rebentava pelas costuras", com os seus mais de 200 mil habitantes a ocuparem pouco mais do que o espaço reformulado um século antes pelo Marquês de Pombal, na sequência do Terramoto de 1755. Lisboa, para norte, acabava no Passeio Público, mais ou menos onde hoje é a Praça dos Restauradores. Em 1879 rompeu-se a Avenida da Liberdade e adjacentes e Lisboa voltou a parar durante mais 20 anos, na Rotunda.Este é um retrato apressado, sem pormenores, como por exemplo, a abertura da nova Estrada da Circunvalação (1885) que alagava os limites urbanos da cidade de Algés a Benfica e daí até Sacavém.
O célebre plano do Engº Ressano Garcia a estabelecer a ligação entre a Rotunda (Praça Marquês de Pombal) e o Campo Grande, corria o ano de 1888, alargou a cidade para norte.
Os primeiros lotes começaram a ser urbanizados nos primeiros anos do século seguinte. O primeiro grande eixo a ser delineado foi a Avenida das Picoas, mais tarde chamada de Ressano Garcia e que depois do 5 de Outubro de 1910 recebeu a designação que ainda hoje mantém: Avenida da República.Seguiram-se as outras ruas que definiram a malha urbana das "Avenidas Novas" (por oposição às "Avenidas Velhas", isto é, o quadriculado da Avenida da Liberdade e adjacentes). É curioso referir os nomes que receberam na altura da construção (entre parêntesis): Avenida 5 de Outubro (António Maria Avelar), Defensores de Chaves (Pinto Coelho), Miguel Bombarda (Hintze Ribeiro), Elias Garcia (José Luciano). Haverá ainda alguém vivo que se lembre disto?
Jornalista
Tags: lisboa, ressano garcia, circunvalação, avenidas novas, antónio mendes nunes
4 comentários:
E eis senão quando me preparava para colar aqui este teu escrito no i, tu já me tinhas ultrapassado. António, gostei!
Parabéns!
Como vês Sérgio sou um autêntico nabo!! Não consegui editar esta coisa e pô-la bonitinha... Mas juro que hei-de descobrir...
O conteúdo é que vale. Compro sempre o Jornal I à quarta feira e é leitura para toda a semana
Gosto sempre dos teus escritos. Sabes isso.
E já agora, um abraço
Natercia
Discordo!
Não és nabo nenhum, António. Tudo tem princípio, meio e fim. De me dizeres ainda há pouco tempo que não sabias colar nada no blogue, já o começaste a fazer, isto é, ultrapassaste o estágio do “princípio”. Agora, que ultrapassaste o princípio, vais entrar no “meio”, que é dominar a técnica de editar. Temos homem!
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